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Ação Social busca mais famílias acolhedoras

Crianças e adolescentes afastados temporariamente do convívio familiar por determinação da Vara da Infância e da Juventude encontram guarida com as famílias acolhedoras. Este amparo faz parte de um programa regulamentado pela lei municipal nº 898/1993, que é supervisionado pelo Centro de Atendimento Especializado à Família (CAEF), vinculado à Secretaria de Assistência Social (SMAS).

O CAEF também é responsável por apoiar a justiça, dar suporte às famílias acolhedoras, ajudar as famílias de origem a recuperar as condições necessárias para cuidar e amparar as crianças e adolescentes envolvidos nos casos.

“Em 30 anos, já passaram pela minha casa mais de mil crianças e adolescentes. Cada um que chega é uma emoção diferente. Eles enchem a casa de amor”. É assim que Maria Rosa Kremiski, uma das mães acolhedoras de Araucária, explica o programa. “Eles precisam sentir o amor de uma família, porque o ambiente das instituições é frio e eles já estão tão feridos que, se não ficarem com uma família, vão sofrer ainda mais”, acredita.

Para Maria Eneida da Silva, que está no programa há cinco anos, é uma satisfação muito grande poder ajudar. “Ser uma família acolhedora é se dedicar, cuidar e orientar; é ser pai e mãe como se fosse um filho mesmo. O coração da gente sempre tem lugar pra mais um”, diz. E prossegue: “Minha vida mudou pra melhor com a presença deles. Eles têm esperança e trazem isso pra vida da gente”, revela. “Eles preenchem a vida da gente, dão carinho e atenção. É uma troca, mas eles fazem muito mais por nós do que nós por eles”.

Etapas
De acordo com a coordenadora Flávia Rechenchosky Vogt, as famílias interessadas em se tornarem famílias acolhedoras devem buscar o CAEF para conhecer o programa e receber todas as informações importantes sobre seu papel e atuação. Confirmado o interesse, elas passarão por uma análise da estrutura física que oferecem e da documentação necessária.

Em seguida, será feita uma análise psicológica de todos os membros da família e será traçado um perfil psicossocial para verificar quem a família poderá acolher, de acordo com a idade e o sexo dos acolhidos. Todos da família devem estar de acordo com o programa e os membros maiores de 18 anos que moram na casa precisam autorizar a participação da família. A última etapa é o cadastro da família acolhedora no CAEF e na Vara da Infância e da Juventude de Araucária.

Quem tiver interesse em ser uma família acolhedora pode entrar em contato com o CAEF para obter mais informações pelo telefone 3901-5424.

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