A musicalidade do nosso Brasil no Teatro da Praça
Desde os 16 anos, o instrumentista se dedica a música

Você já parou para pensar quantos ritmos musicais existem pelo Brasil e o quanto essa musicalidade toda expressa das características peculiares de cada região do nosso país? Foi pensando nisso que o instrumentista Lucas Vargas Ferron criou o projeto Recorda Brasil: “É um projeto baseado em uma amostra de ritmos brasileiros através de nosso mapa, fazendo conexões com as diversas culturas locais e as características geográficas e históricas de cada região sendo o violão um grande parceiro, que se faz presente nas mais diversas manifestações culturais de nosso país”, explica.

A ideia do projeto surgiu quando o músico percebeu, através de diversas obras escritas para violão, que tinha um mapa do Brasil em suas mãos. As obras são de autores das mais diversas manifestações culturais de nosso país; pelo repertório passarão Heitor Villa Lobos, Salomão Habib, Marco Pereira, Garoto, Paulo Bellinati, João Pernambuco e Ronaldo Miranda. “Os ritmos que irei abordar vão desde a Milonga, cultivada principalmente no Rio Grande do Sul, até o Carimbó que é um ritmo típico de Belém do Pará, passando pelo Baião, Frevo, Jongo,Maxixe, Choro, Samba e a Modinha”, conta Lucas.

Sobre o instrumentista e palestrante
Liças iniciou seus estudos no violão aos 16 anos e de lá para cá, nunca parou. “Fiz graduação em música na UFPR e estudei com diversos professores, como Bernardo Grassi, Luis Claudio Ribas Ferreira e atualmente estudo com o Fabricio Mattos”, conta. Em sua trajetória, Lucas participou de importantes festivais de violão no Brasil e no exterior, tendo passado pelo Uruguai e também estudado o violão Flamenco em Granada, na Espanha. Como concertista, apresenta-se, regularmente, em Curitiba, em locais como o Sesc Da Esquina, Teatro do SESI, Museu Guido Viaro, Instituto Cervantes e instituto Goethe. Em 2012 realizou junto ao Kervansaray trio, em Curitiba, um ciclo de 111 palestras musicais, sobre música antiga na rede pública: “Isso me trouxe novas questões a respeito da formação de nossos alunos, gerando potencial criador para o projeto Recorda Brasil”, explica.