A pergunta: precisava recapar a Victor do Amaral?
Mesmo com o pavimento bom (lado de baixo), Prefeitura jogou outra camada de asfalto (lado de cima)

Os moradores de todos os cantos da cidade que visitam a região central de Araucária já devem ter percebido que ultimamente a Prefeitura resolveu dar uma "garibada" no visual do centrão. E, como bem sabem os bons políticos, não há maneira melhor de impressionar do que mandar asfaltar ruas. No caso do centro, recapá-las. Mas, tal iniciativa, faz com que invariavelmente nos perguntemos: será que era preciso jogar mais uma camada de asfalto sobre um pavimento que ainda estava bom? Será que o melhor não seria utilizar o tão caro Concreto Betuminoso Usinado à Quente (CBUQ) em ruas mais esburacadas, na periferia?

Esta semana, por exemplo, a Secretaria Municipal de Obras Públicas (SMOP) recapou quase toda a extensão da principal avenida da cidade, a Victor do Amaral. Recentemente, havia feito o mesmo com a rua Heitor Alves Guimarães e antes na rua Agrimensor Carlos Hasselmann. Em todas estas vias, o pavimento estava bem bom, se considerarmos o estado lastimável em que se encontram ruas como a Santa Catarina, no Santa Regina, ou algumas vias do entorno do Mercado Municipal ou ainda da região do Sol Nascente, Itaipu e Campina da Barra, além – claro – de parte do Thomaz Coelho, só para ficarmos em alguns exemplos.

A Prefeitura, no entanto, alega que realiza os recapes considerando o estado da rua em relação ao seu tráfego, priorizando as centrais porque estas teriam mais tráfego. Ainda de acordo com a assessoria de comunicação do Executivo, os bairros não estão sendo deixados de lado, sendo que em vários deles já foram realizados recapes de ruas. "O recape até hoje atingiu 71 ruas, entre centrais e de bairros, enquanto o asfalto novo chegou a 52 ruas", informaram em nota.