Num dia a PMA mandou uma kombi, em outro uma van, mas faltou lugar
Professores e alunos do período noturno do Colégio Estadual Ana Kava, situado na localidade rural do Tietê, entraram em contato com o jornal O Popular do Paraná ao longo desta semana para reclamarem que o ônibus que os levava ao colégio todas as noites teria sido cortado pela Prefeitura de Araucária.
De acordo com uma professora que pediu para não ser identificada com medo de represálias, no lugar do ônibus, a Secretaria Municipal de Educação (SMED) enviou duas kombis. O problema, segundo a docente, é que os veículos não oferecem a quantidade de assentos necessários para a locomoção de todos os professores e alunos.
O estudante Marcos Zesutko, que cursa o 3º ano na instituição também se diz prejudicado com o corte e decepcionado com a atitude da Prefeitura. De acordo com Marcos, ele e outros alunos que moram na área rural, mas que trabalham durante o dia em empresas da área urbana, utilizavam o transporte para poderem chegar a tempo de pegar a primeira aula. "Como são poucas as linhas de transporte coletivo que fazem o itinerário do interior, o ônibus escolar era uma opção para nós. Mas, infelizmente, parece que a Prefeitura não quer que estudemos", desabafou. O estudante ainda relatou que entrou em contato com a SMED para reclamar da situação, mas teria sido comunicado que o transporte se destinava apenas aos professores e que a Prefeitura não tinha obrigação de fornecer ônibus para os alunos.
Em contato com a direção do Colégio Ana Kava, a direção informou que realmente o ônibus foi cortado, mas que a kombi disponibilizada pela SMED seria suficiente para o transporte dos professores. "O problema é que os alunos que utilizavam o transporte para vir até o colégio ficaram sem opção, pois se eles pegarem o ônibus do transporte coletivo vão chegar aqui todos os dias somente para a segunda aula", explicou a diretora da instituição, Maria Leila Feitosa.
Enrolados
Nossa reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação da SMED na quarta-feira (28). O setor garantiu que nos repassaria uma posição sobre o assunto naquele dia, mas não o fez. Na quinta-feira (29) voltamos a falar com a assessoria, que nos informou que já havia preparado uma resposta. No entanto, por questões de hierarquia, era a assessoria de comunicação da Secretaria de Governo que nos oficializaria sobre os questionamentos, o que não aconteceu até o fechamento desta edição.