Cancelamento das eleições gera revolta em entidades

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O duro golpe aplicado na semana passada pela Secretaria Municipal de Educação (SMED)  contra a gestão democrática repercutiu muito mal em vários segmentos da sociedade araucariense. Pais, alunos, professres, entidades sindicais, partidos políticos e vereadores se posicionaram totalmente contrários à decisão da Prefeitura de Araucária de cancelar a eleição para escolha de diretores das escolas municipais e dos coordenadores dos centros municipais de educação infantil. A alegação do executivo para o cancelamento seria uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que considerou irregular o modo como a escolha dos diretores das escolas do estado do Rio de Janeiro é feita. No entendimento da administração municipal, esta decisão seria extensiva a Araucária. 

Manifestações contrárias

O Sindicato dos Professores (Sismmar), por exemplo, já convocou assembleia extraordinária com a categoria para a próxima quinta-feira, dia 24. De lá, o magistério já quer sair com um indicativo de protesto contra a decisão arbitrária da SMED. Paralelamente a isto, a diretoria do Sismmar já trabalha numa campanha  intitulada Pelo direito de decidir, que deve tomar conta da cidade nos próximos dias. A estes movimentos, o Sindicato dos Professores recebeu o apoio do Sifar, entidade sindical que representa o funcionalismo do quadro geral da Prefeitura.

Por sua vez, o Conselho Municipal de Educação (CME) em reunião realizada na noite desta segunda-feira, dia 21, com os representantes dos conselhos escolares de cada escola e Cmei da cidade disse defender integralmente a gestão democrática. Apesar da dúvida que paira sobre a atuação do órgão e de seu presidente, entendamos isto como um indicativo de que eles são a favor das eleições.

Na sessão plenária da Câmara Municipal de Araucária realizada na noite de ontem, o clima dominante das discussão também foi a morte da gestão democrática decretada pela Prefeitura. O vereador Esmael Padilha (PSL) subiu à tribuna para condenar o fato e pedir para que todos os edis votem contra caso o prefeito Albanor José Ferreira Gomes (PSDB) encaminhe à Câmara um projeto de revogação da lei que instituiu as eleições diretas para escolha dos gestores das unidades educacionais  do Município.

O vereador Wilson Roberto David Mota (PPS), que é advogado, foi outro que falou sobre o cancelamento e afirmou que a desculpa arrumada pela Prefeitura para cancelar o pleito não tem fundamento jurídico. 

“Comparar a situação do Rio de Janeiro com a de Araucária é como comparar abacaxi com pedra”, disse. O partido de Beto, o PPS, também divulgou nota de repúdio em que condena a iniciativa da Prefeitura. “Com esta decisão percebemos claramente a intenção do prefeito em acomodar apadrinhados, correligionários e cabos eleitorais em direções de escolas e Cmeis, transformando os estabelecimentos de ensino em escritórios políticos do prefeito e da secretária de educação”, escreveu o presidente do diretório local, Genildo Carvalho.

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