Cineclube exibe filmes e propõe discussões sobre cinema

Os participantes também podem participar de debate sobre o filme exibido
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Os participantes também podem participar de debate sobre o filme exibido
Os participantes também podem participar de debate sobre o filme exibido

Quem disse que em Araucária não tem cinema? O Cineclube é um projeto dos araucarienses Jhonny Castro e Michele Antonio, que já está sendo colocado em prática no Ponto Centro Cultural, com periodicidade quinzenal às quintas-feiras, a partir das 19h, e com entrada gratuita. Em cada sessão do Cineclube um filme é exibido, e, na sequência, inicia-se um ciclo de debates, geralmente feito em formato de mesa redonda.

A ideia surgiu após Jhonny e Michele perceberem que em Arau­cária não existe um trabalho consolidado no ramo audiovisual e de cinema. De acordo com Jhonny, “há apenas alguns poucos produtores individuais, que atuam de forma até certo ponto amadora. É preciso criar interesse de base no assunto. É importante gerar um sentimento próprio de paixão pelo cinema, que, se existe hoje, está escondido entre os moradores”.

Compreendendo esta carência, os idealizadores do Cineclube buscaram uma forma de unir interessados no assunto e impulsionar debates, exercendo, assim, um relevante papel social e cultural no Município. “Ainda dentro do nosso objetivo, temos a ideia de divulgar o projeto em escolas públicas e pontos de aglomeração de jovens. Assim, poderíamos fazer despontar o gosto pelo audiovisual na população, além de incentivar a próxima geração a produzir essa arte com mais afinco e qualidade”, destacou Jhonny.

O organizador do Cineclube contou que alguns critérios são levados em conta na escolha dos filmes a serem exibidos. “Partimos do pressuposto que deve existir uma interconectividade entre os temas, para que se construa uma linearidade. Desta forma, acreditamos que o nosso projeto ganhará identidade”, declarou Jhonny, complementando que a ideia é selecionar temáticas relativas ao “fazer cinema”, partindo de assuntos mais leves até temas mais complexos.

A diretora teatral Ana Paula Frazão faz parte do público que não falta às sessões do Cineclube. “Desde a primeira sessão, há cerca de dois meses, eu compareço ao Cineclube. Acho o encontro e a iniciativa extremamente válida, a cidade precisa disso. Estar em um bar com os amigos é legal, e assistir a um filme que sempre nos acrescenta algo neste mesmo bar torna o encontro ainda melhor. E, na sequência, ainda conversamos sobre o filme, coisa que não fazemos nem no cinema”, contou Ana. Segundo ela, o fato de debater o filme eleva a experiência do encontro a outro nível. A diretora teatral revelou ainda que tem percebido um aumento de público a cada semana.

Na quinta (15), aconteceu a 4ª sessão com o filme “O curioso caso de Benjamin Button”. Como o projeto acontece quinzenalmente, a próxima sessão será somente no dia 29 de outubro com o filme “Quero Ser John Malkovich”. Jhonny Castro revelou que a programação é esco­lhida em virtude da capacidade de preencher as discussões, e, também, aproveitou para agradecer as parcerias. “Agradecemos ao Ponto Centro Cultural por ceder o espaço, ao SISMMAR por ceder o retroprojetor, e ao Pedro Sfendrych por cuidar da parte de áudio do Cineclube”, concluiu.

Texto: Rafaela Carvalho / FOTO: MARCO CHARNESKI

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