Emoção marca o retorno dos estudantes às salas de aula

Escolas estão organizadas para receber os alunos dentro dos protocolos de biossegurança exigidos. Foto: Marco Charneski
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Corredores e salas de aulas praticamente vazios, Esta foi a realidade enfrentada pelas escolas e colégios de Araucária durante quase dois anos. Tudo isso por conta da pandemia, que obrigou as instituições a adotarem o ensino remoto, e depois o ensino híbrido (parte remoto e parte presencial). Agora, com a volta às aulas 100% presenciais dos estudantes, as instituições voltam a ficar cheias de vida, coloridas e alegres. Os alunos retornaram repletos de novidades, com vontade de estudar e, principalmente, querendo reencontrar professores e colegas.

Conheça alguns alunos

Emoção marca o retorno dos estudantes às salas de aula

O jovem Vitor Guilherme Queiros, de 13 anos, aluno do 9º ano do Colégio Estadual Agalvira Bittencourt Pinto, disse que o retorno totalmente presencial será muito importante, já que no ensino remoto seu desempenho não foi dos melhores. “No começo da pandemia eu não aprendia absolutamente nada, não me importava com os estudos e só procrastinava as atividades. Em 2021 também tive um ano bem difícil, perdi pessoas importante e minha saúde mental não estava boa. Decidi focar nos estudos, só que as aulas remotas eram complicadas. Quando começaram com o sistema híbrido, voltei para a escola, queria aprender mais e tentar superar as perdas. E agora, com o retorno total, achei incrível rever todos os meus amigos e fazer novas amizades”, disse.

Emoção marca o retorno dos estudantes às salas de aula

Também estudante do Agalvira, do 3º ano do ensino médio, Márcio Mateus Alves de Oliveira, 17 anos, teve uma rotina complicada no ensino remoto, no entanto, disse que recebeu apoio dos professores. Optou pelo presencial no início do sistema híbrido e ali teve um contato mais próximo com o colégio. Ainda assim, sentiu saudades do convívio com os colegas e professores. “As aulas online eram bem vagas e ficar longe de todos não era bom. Felizmente estamos tendo a chance de voltar e vamos torcer para que estejamos avançando para o fim dessa pandemia’, comentou

Emoção marca o retorno dos estudantes às salas de aula

Estudante do 1º ano do ensino médio do Colégio Marista Sagrado Coração de Jesus, André Ricardo Machado, 14 anos, também teve dificuldades para se organizar no tempo do ensino remoto. “Era tudo novo, demorei um pouco, porém me acostumei e dei o meu máximo para um melhor aprendizado. Durante o ensino híbrido fiquei quase o ano todo participando das aulas presenciais, só voltei para o remoto em algumas situações específicas. Posso dizer que estava sentindo muita falta, estava sendo muito difícil ficar quase um ano sem conviver com meus amigos e professores. Foi muito emocionante poder rever todos depois de tanto tempo”, festejou.

Emoção marca o retorno dos estudantes às salas de aula

Maria Clara Renz dos Santos, 11 anos, estuda no 7º ano no Colégio Marista. Assim como os demais, teve dificuldade de se adaptar à rotina do ensino remoto, mas fez questão de voltar à sala de aula tão logo o ensino híbrido foi proposto. “Eu procurei ir em todas as aulas presenciais quando isso era possível, senti falta dos meus colegas e professores. Estou feliz em poder voltar, mesmo porque me sinto segura porque meu colégio está tomando as medidas de segurança com muito cuidado”, comentou.

Emoção marca o retorno dos estudantes às salas de aula

A pequena Maysa Lima Haskel, de 7 anos, que está no 2º ano do ensino fundamental do Colégio Adventista Araucária, ficou muito alegre de poder estar todos os dias na sala de aula. Quando o colégio iniciou o modelo híbrido ela fez questão de participar das aulas presenciais. “Foi divertido encontrar todo mundo, matar a saudade”, comemorou

Diretores estaduais e SMED pedem colaboração de todos

Com exceção de alguns contratempos registrados no primeiro dia de aula, por conta das adaptações necessárias na hora da entrada dos alunos, o retorno foi considerado tranquilo. O diretor do Colégio Agalvira, Alessandro Vieira Rosa, disse que 90% dos alunos retornaram. “Foi como um recomeço, diferente do início das aulas normais. Tudo correu dentro do planejado. Inclusive já no segundo dia de aula o governo do Estado suspendeu a necessidade de aferir a temperatura dos alunos, mas nós aqui vamos seguir com isso mais um tempo. Temos alguns casos de Covid entre professores e funcionários, alguns alunos apresentaram atestado de isolamento, algumas turmas tiveram menos aulas, mas tudo dentro do previsto”, destacou o diretor.

Andre Gotfrid, diretor do Colégio Estadual Professor Júlio Szymanski, também considerou a retomada tranquila. “Tivemos apenas uma pequena aglomeração no primeiro dia, até porque muitos pais levaram seus filhos até a entrada e também por conta da aferição da

temperatura, que contribui para a formação de filas. No entanto, com a suspensão dessa medida, a entrada tende a fluir melhor nos próximos dias”, disse André.

Parceria com os pais

Na rede municipal, a secretária de Educação, Adriana Palmieri, disse que as escolas voltaram 100%, mas teve CMEI com atendimento prejudicado porque alguns educadores infantis aderiram à greve. “Planejamos e organizamos essa primeira semana de retorno com todo cuidado. Todos estavam na expectativa, tanto as equipes internas da Secretaria, como os profissionais das unidades de educação. Recebemos nossos estudantes, nossas crianças com muita alegria e é claro, com excesso de cuidados”, destacou.

Ela lembrou que o papel da SMED é orientar os pais para que também sejam multiplicadores da promoção da saúde em todo e qualquer ambiente. “A retomada 100% está sendo desafiadora para todos nós, temos alguns profissionais com atestado de Covid que nem conseguiram recomeçar na segunda-feira e temos algumas crianças afastadas. Então pedimos que todos os pais orientem seus filhos a respeitarem as medidas de biossegurança, não tirando a máscara e antes de tocar no rosto ou de comer algum alimento, que lavem bem as mãos. Não mandem a criança para a escola ou para o CMEI se ela teve febre, porque o índice de contaminação está muito alto. O envolvimento das famílias nesse momento é crucial”, orientou a secretária.

Texto: Maurenn Bernardo

Publicado na edição 1298 – 10/02/2022

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