Temos opção!

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Se existe um lugar que não me deixa confortável é recepção de clínica médica. Mas, como nem tudo o que fazemos na vida é confortável, volta e meia vou ao médico para fazer aquele check-up. Semana passada mesmo foi uma dessas ocasiões.

O cenário da recepção era aquele. Mães com crianças chorando num canto, outras pessoas tossindo em outro. Gemidos de dor mais à esquerda e assim por diante. Os médicos iam chamando os pacientes e toda vez que eles abriam as portas de seus consultórios todos olhavam ansiosos esperando que o próximo nome a ser apregoado fosse o deles. Quando isto não acontecia, os que não eram chamados suspiravam, meio que cansados da espera. As mães diziam “calma, filho o doutor já vai tirar o dodói” e assim seguia o baile.

Eu, sem ter muito que fazer e incapaz de reclamar da demora, já que nem dor eu estava sentido, ficava ali, mexendo no celular. Foi quando, do nada, ouvi meu nome ser chamado. Por um segundo pensei que havia chegado minha vez. Ledo engano. Nem consegui me levantar e já se sentou ao meu lado um velho conhecido. Tossindo bastante, ele me cumprimentou e sentou ao meu lado. Não demorou nem cinco segundos para ele fazer a pergunta: “e a política?”. Dei a resposta padrão: “ah, agora vai esquentar!”.

Foi então que ele, entre um tossido e outro, reclamou dos candidatos a prefeito. Disse que a população não tinha muita opção, que essa política não se renova, que não via perspectiva de mudança e assim por diante. Deu mais um tossido e iria voltar à carga quando eu o interrompi. O fiz porque, penso eu, Araucária nunca nos presentou com tantos postulantes ao cargo de prefeito como agora. O fiz porque não me recordo de termos tido nesta cidade pessoas de segmentos tão diferentes buscando o cargo máximo da política local. O fiz porque, pela primeira vez nos últimos quase trinta anos, elegeremos sim um prefeito que não pertence a nenhum dos grupos de poder que historicamente esteve à frente de Araucária. É óbvio que na campanha de todos os sete candidatos a prefeito há gente que num passado mais recente ou distante esteve ligado a quem comandou a Prefeitura desde 1990, mas esperar que nem isso acontecesse já seria demais.

Então, disse ao meu velho conhecido, ao contrário do que o senso comum possa querer fazer crer, temos sim opção nestas eleições. Os candidatos são os mais variados possíveis. Há sindicalista. Há professores. Há empresários. Há representantes da área da Saúde e assim por diante. Há gente para todos os gostos e bolsos. Há novatos e veteranos. Homens e mulher. Há idosos e jovens.

Outra particularidade de nossa cidade – disse ao meu interlocutor – é que, ao contrário de grandes centros, temos sim condições de buscar informações pormenorizadas de todos os candidatos, de suas propostas, da viabilidade delas e assim por diante. Logo, temos sim condições de fazer um bom voto em 2 de outubro, um voto consciente e comprometido com o melhor para a nossa cidade. Basta querer. Basta buscar as informações.

Dito isto, meu conhecido olhou em meus olhos, ameaçou um tossido, mas o segurou e disse: “Putz, sabe que é mesmo. Mas, e você, quem você pensa ser o melhor candidato ou candidata?”. Neste momento, ouvi uma voz chamar “Waldiclei!”. Agora era o médico. Despedi-me e fui para a minha consulta.

Até uma próxima. Comentários são bem vindos em www.opopularpr.com.br. Até uma próxima!

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