Lentidão

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A questão da habitação parece não ter mesmo solução. No meio do eterno debate sobre qual a política mais adequada a ser aplicada, a questionável habilidade dos gestores (quando querem trabalhar) que, longe de ser técnicos, são políticos que parecem ter sempre outros interesses que não o do bem comum, está o cidadão comum, aquele cara que precisa de um teto para morar.

A tensão é cada vez maior e qualquer bobeada da fiscalização que, diga-se de passagem, é quase nenhuma, já tem um barraquinho aqui, uma lona ali sendo erguidos. E quando alguém se dá conta, já tem até sobrado de alvenaria com mercadinho embaixo funcionando no meio de uma invasão.

Parece ser praxe. Quando os invasores, quer dizer, os ocupantes (o politicamente correto é ocupação) conseguem cobrir as habitações com telhas, já era. Ninguém tira mais eles dali. E a cada dia a população desses locais parece dobrar.

Se essas pessoas são rápidas e eficientes em ocupar essas áreas, exatamente o oposto pode-se dizer das autoridades e gestores.

Primeiro, não se cria em velocidade e quantidade suficiente programas habitacionais para pessoas de baixa renda que não têm acesso ao mercado comercial. Depois, a leniência com intenções eleitoreiras acabada de ferrar o resto. Não se investe em fiscalização consistente e preparada e, no caso de alguma ocupação conseguir se estabelecer, ninguém quer colocar a mão no vespeiro e levar a pecha de cruel, insensível ou qualquer desses nomes feios dos quais político nenhum quer ser carimbado.

Enquanto isso, vemos situa­ções, aqui e ali acontecendo de maneira isolada e os poucos profissionais dispostos a trabalhar vão se virando como podem. (veja reportagem na página seis desta edição). Enquanto isso, aquele que consegue comprar sua casa e pagar prestações, IPTU e tira alvará para construir tem que assistir a tudo isso com o sal de frutas à mão. Senão vomita. Pense nisso e boa leitura.

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