O trânsito complicado nos horários de entrada e saída dos estudantes da Escola Municipal Archelau de Almeida Torres, no jardim Iguaçu, continua dando muita dor de cabeça para os pais. O desrespeito dos motoristas ainda é a principal causa da muvuca que se forma na porta da escola. Em março do ano passado, o problema já foi tema de reportagem do Jornal O Popular, mas de lá para cá, pelo jeito as coisas não mudaram muito.
Apesar de a escola possuir três entradas, uma pela rua Guanabara, exclusiva para os alunos, outra pela rua Ceará, para o transporte escolar e, finalmente um acesso pela rua José de Souza e Silva, especial para os professores, a confusão nos horários de pico é inevitável. “A rua Guanabara, que cruza com a avenida Archelau de Almeida Torres, tem um fluxo de veículos incessante e isso somado aos motoristas mal educados, aqueles que param em faixa dupla, aqueles que ficam estacionados na frente da escola batendo papo e ainda aqueles que decidem fazer manobras perigosas, mesmo estando em local de movimentação de pedestres, só pode resultar num verdadeiro caos”, reclamou um dos pais.
Pra piorar, eles alegam que o perigo na via é visível e que deveria existir um agente de trânsito pra por disciplina. “Se não tiver a presença de autoridade de trânsito, o problema nunca vai melhorar”, retrucou outro pai.
A direção da Escola Archelau disse que já fez várias solicitações para a Secretaria de Urbanismo tomar uma providência, mas a responsabilidade sempre acaba recaindo na própria escola. “Eles querem que a escola coloque alguém para cuidar do trânsito, mas não temos condições de pagar águem pra isso e ninguém vai vir aqui trabalhar de graça”, comentou a direção, lembrando que o trabalho que compete à escola, de orientar os pais sobre educação no trânsito, tem sido feito, mas nem todos respeitam.
Outras escolas vivem o mesmo drama
O secretário de Urbanismo, Hino Dirlei Falat Pereira de Souza, concorda que a situação do trânsito na Escola Archelau está crítica, mas ressaltou que outras instituições de ensino da cidade estão enfrentando o mesmo problema, em alguns casos, até pior. “Temos várias situações complicadas nas portas das escolas, mas estamos discutindo quais seriam as medidas mais viáveis. Em alguns locais existe a possibilidade de implantar semáforos, talvez travessias elevadas ou outros equipamentos, mas tudo ainda é passível de estudo”, citou Dirlei.
No caso específico da Escola Archelau, o secretário se comprometeu a marcar uma reunião com a direção da instituição e ver o que pode ser feito de imediato. “A ideia é que façamos uma ação conjunta”, reiterou.
FOTOS: EVERSON SANTOS
