Araucarienses poderão treinar Ginástica Olímpica
Representantes da CSN conversaram com o prefeito na última quarta-feiraAraucarienses poderão treinar Ginástica Olímpica
A ginástica rítmica existe na cidade há seis anos e também conta com apoio

Quem nunca ouviu falar em Daiane dos Santos, Daniele Hypólito e tantas outras brasileiras que representaram a ginástica olímpica do país? Essas meninas são conhecidíssimas, mas, aos poucos, têm dado espaço para novas estrelas. Para aproveitar essa brecha no esporte mundial, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) quer investir na modalidade e trouxe a oportunidade para Araucária na última quarta-feira, 27 de fevereiro.

De acordo com Fanny Busato, gestora de recursos humanos e finanças da empresa em Araucária, a Companhia apresentou ao prefeito Olizandro Ferreira a proposta de colocar 100 crianças araucarienses nessa modalidade a fim de conseguir uma representante nas Olimpíadas de 2016. “Elas vão treinar no Centro de Excelência do Tarumã com cinco instrutores internacionais coordenados por Oleg Ostapenko, instrutor russo mundialmente conhecido na modalidade”, afirma.

Segundo a gestora, esse foi o principal incentivo para que a empresa escolhesse investir na ginástica olímpica. “Os treinadores são especializados nessa área e a chance de chegar às Olimpíadas existe”, garante. Além disso, o projeto visa crianças de baixa renda, “porque queremos dar oportunidade àqueles que não têm condição de pagar pelas aulas”, completa.

Para que isso seja possível, a Prefeitura de Araucária deve ficar responsável pelo transporte das crianças duas vezes por semana. No entanto, ainda não há nada confirmado. “O Centro de Excelência é lá no Tarumã, e não é qualquer mãe que deixaria sua filha de cinco anos sair sozinha. Tanto é que nós até perguntamos se o Centro poderia ser instalado em Araucária, mas não teve jeito”, informa. “Então, estamos analisando cuidadosamente a questão”, informa Idu Blaszczak, diretor geral da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer.

Seletiva
Caso a Prefeitura aceite investir no projeto, ela discutirá os critérios de seleção com a SCN e iniciará o processo de escolha das garotas nas próximas semanas. De acordo com a assessoria de comunicação da PMA, as atletas farão parte, inicialmente, de uma escola de talentos e aquelas que tiverem maior rendimento passarão para a próxima fase no Centro de Treinamento.

Para Gabriela Cristina Magalhães, professora de Ginástica Rítmica da SMEL, o projeto é válido porque tem dado certo em outros estados do país. No entanto, ela afirma que a iniciativa visa apenas o alto rendimento, ou seja, dá oportunidade para poucos. “O projeto filtra o material humano, diferente do que é oferecido pela nossa modalidade de ginástica rítmica, por exemplo, que procura atender a todos, mas não consegue por falta de profissionais”, finaliza a professora, que também espera contar com o apoio da CSN e de outras empresas para que a sua modalidade cresça e atenda à fila de espera que existe atualmente.