Assassinado a caminho do trabalho

Facebook
LinkedIn
WhatsApp
Telegram
Email

Assassinado a caminho do trabalho

Idoaldo lutou com o homicida, que então sacou a arma e atirou certeiro na cabeça dele

Todos os dias, o motorista profissional, Idoaldo Veiga da Silva, 55 anos, saía de casa ainda de madrugada e caminhava até a residência de um colega para pegar o ônibus da empresa e seguir para o trabalho. Ele morava na Rua dos Ipês, no Jardim Tupi, no Bairro Campina da Barra e, na quarta-feira, dia 13, andou somente poucos metros até a esquina da Rua das Orquídeas com a Rua Malva. Um homem que deveria já conhecer o trajeto dele estava de tocaia no local e o abordou, os dois entraram em luta corporal e o outro sacou uma arma e atirou na cabeça de Idoaldo.

Era aproximadamente 4h quando os vizinhos ouviram o disparo e acionaram a 2ª Companhia do 17º Batalhão da Polícia Militar. Peritos da Polícia Científica analisaram a cena do crime e funcionários do Instituto Médico Legal (IML) recolheram o corpo para necrópsia. O titular da Delegacia de Polícia Civil, Rubens Recalcatti, esteve no local e, pelo par de chinelos encontrado abandonado na rua, acredita que Idoaldo tenha tentado correr. O assassino teria perdido os chinelos quando corria atrás dele e conseguiu alcançá-lo.

Tecnologia investigativa

De acordo com o delegado, Idoaldo estava separado da mulher e já tinha uma nova companheira. Contudo, o motorista e a ex tinham muitas desavenças pela guarda do filho de 10 anos. Por esse e outros motivos, ele já teria, inclusive, brigado com o atual amásio da ex. “Temos boletins de ocorrências registrados pelas duas partes e o mais recente é de uma ameaça que a vítima teria sofrido domingo”, conta Recalcatti. “Estamos trabalhando com a hipótese de crime passional e o atual amásio da ex-mulher de Idoaldo é nosso principal suspeito”, detalha o delegado.

O suspeito já se apresentou na DP, mas nega qualquer envolvimento com o homicídio. “Encaminhei ele para coleta de material genético, que será comparado pela Polícia Científica com o que foi colhido do par de chinelos encontrado na cena do crime”, explica Recalcatti. “Estamos aproveitando a tecnologia em várias ocorrências para fortalecer as provas materiais contra os suspeitos e acusados. Coletamos impressões digitais nos locais de crime, conduzimos armas apreendidas e balas deflagradas para confronto balístico, encaminhamos material coletado em vítimas de estupro e de suspeitos para exame de DNA entre outras coisas. E vamos usar procedimentos científicos nesse caso também”, fala o delegado.

Foto: Cesar Arruda/Colaboração

Compartilhar
PUBLICIDADE