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Assassinado na frente da mãe
Marquinho era viciado e tinha desavenças antigas com alguns dos vizinhos envolvidos na sua própria morte

A mãe do jovem Marcos Antonio de Lima Alves, o Marquinho, 19 anos, viveu os piores momentos de toda a sua vida no início da noite de domingo, dia 19: ela viu o filho ser executado a pedradas, facadas e tiros, sem poder salvá-lo. O crime aconteceu a poucos metros da casa da família – no prolongamento da Rua das Acácias, em uma área de ocupação irregular próxima ao Jardim Tupy, no Bairro Campina da Barra, por volta das 19h.

Briga de trânsito
Conforme apurado por investigadores da Polícia Civil, na tarde do mesmo dia, Marquinho saiu com um amigo de carro, e eles se envolveram em um acidente de trânsito do tipo colisão auto X auto com alguns vizinhos. Embora a batida traseira tenha sido sem vítimas e com apenas danos de pequena monta nos dois veículos, ela teria motivado uma discussão entre Marquinho, o seu amigo e os ocupantes do outro carro.
A briga de trânsito parecia ter se encerrado com um acordo verbal entre os condutores, mas, de acordo com a Polícia, Marquinho teria tomado as dores do amigo que estava no volante e saído na defesa dele. Por conta disso e de desavenças antigas, Marquinho teria recebido ameaças do condutor do outro veículo e, para acalmar os ânimos, o amigo dele o teria levado para casa da mãe e dito a ela: “cuide do seu filho porque querem mata-lo”.

Homicídio
Quando, horas depois, Marquinho saiu da residência, um grupo de cinco jovens e um adolescente o cercaram na esquina. Eles o espancaram e esfaquearam até tombar no chão, e depois ainda deram tiros na cabeça dele. Por fim, o menor atirou uma pedra contra Marquinho e os outros envolvidos fugiram do local em um carro Fiesta, de cor vermelha, que seria da mãe de um vizinho envolvido na execução.
Socorristas do Siate estiveram no local, mas encontraram Marquinho morto. Policiais militares da 2ª Companhia do 17º Batalhão também atenderam à ocorrência e isolaram a área do crime até a chegada do perito do Instituto de Criminalística. De acordo com o perito, Marquinho foi acertado por dois tiros no rosto e por duas facadas no abdômen. Funcionários do Instituto Médico-Legal (IML) recolheram o corpo dele para necropsia.

Identificação
Os policiais militares também colheram informações sobre os autores do crime e apreenderam o adolescente de 16 anos que apedrejou Marquinho. Segundo a equipe da Polícia Civil que investiga o caso, os outros cinco envolvidos tiveram, cada um, uma participação diferente no homicídio e estão todos identificados e sendo procurados. Como Marquinho era viciado e fazia furtos na vizinhança para comprar drogas, ele tinha velhos desentendimentos com alguns deles.

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