Aulas de Violão para todas as idades

Juventino, Augusto e Emídio ficaram amigos depois que as aulas começaram

O ensino musical para a terceira idade pode trazer benefícios não só para a qualidade de vida do grupo, como também pode promover aspectos de desenvolvimento criativo e expressivo. Alguns estudiosos afirmam que há exemplos que fortalecem a crença de que a música tem uma força que interfere em todo o mundo à nossa volta e que esta força pode ter um caráter físico, visível, e audível e até mesmo místico. Ela ainda pode favorecer a memória, evocando lembranças do passado.

Há oito meses, participantes do Centro de Convivência do Idoso dr. Ulysses Guimarães, coordenado pela Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS), tem aulas de violão duas vezes por semana. Cada um dos idosos têm seu próprio violão, o que facilita a aula e os ensaios e treinos posteriores. “O nosso foco é passar a técnica. O repertório montamos conforme o aluno quiser. Eles gostam mais de sertanejo”, explicou o instrutor Augusto Mateus Santos. Segundo ele, a valsa, marcha, xote e forró estão entre os estilos ensinados.

Cinco pessoas, quatro homens e apenas uma mulher, frequentam as aulas atualmente e, para que evoluam mais rápido na técnica, recebem atendimento individual. “Estou treinando em casa. Vi que não é um ‘bicho de sete cabeças’. Na Igreja, tocava só acompanhando, aprendendo; não tinha muita noção. Agora já não passo apuro, porque sei a posição [dos acordes]”, revelou Emídio Garcia, 64 anos, morador do bairro São Francisco. Ele comenta ainda que, no começo, tinha vergonha de sair de casa com um violão e agora está orgulhoso da nova habilidade.

Dizendo ser acostumado a tocar em bailões, Juventino Moreira de Oliveira, 66 anos, pode ser mais um aluno de violão no Centro de Convivência. O morador do Iguatemi afirma que sua intenção é melhorar a técnica e que deve participar junto com a irmã, que também tem interesse nas aulas. O ensino de violão no Centro de Convivência foi um pedido da Secretária Municipal de Assistência Social Uriema Rita Ehlke Gomes. “A música tem um papel muito importante de integrar as pessoas, de trazer alegria. Através dela, essas pessoas estão descobrindo novas habilidades”, destacou Uriema.