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Autor do crime que chocou a cidade se entrega na DP
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Ele afirma que não sabia que a arma estava municiada

Nessa semana, Roger de Souza Soares se apresentou para a Polícia Civil de Araucária. Ele é acusado de cometer o crime que chocou a cidade, quando tirou a vida do estudante Jhonatan Henrique Nassif Ferreira, 15 anos, no ano passado. De acordo com informações repassadas pelo investigador Mauro Damaceno, o crime não foi proposital: “Talvez querendo se exibir e imaginando que a arma estivesse descarregada, o jovem de 19 anos aponta na direção da vítima, aperta o gatilho e um estampido se ouve. Matar não era sua intenção”.

Crime
Jhonatan Henrique Nassif Ferreira, 15 anos, morreu na sexta-feira, dia 5, em decorrência do tiro que levou dentro do terreno do Colégio Estadual Professora Agalvira B. Pinto (Jardim Industrial), na tarde do dia anterior. O adolescente cursava o 1º ano do ensino médio nessa escola à noite, e, no momento, brincava de futebol na cancha do local. Em dado momento a bola é chutada e cai fora da escola e, enquanto esperam o retorno, Roger surge com uma arma na mão.

De acordo com informações da equipe de investigação da Delegacia de Polícia Civil, Soares estava tentando chamar atenção. Contudo, a bala atravessou a cabeça de Ferreira e ainda atingiu a perna do colega que estava sentado ao lado dele. Os dois baleados foram socorridos por populares e encaminhados ao pronto socorro do NIS III, de onde Ferreira foi transferido para o Hospital Cajuru, em Curitiba, por volta de 22h. Ele foi operado e ficou internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), mas não resistiu ao ferimento. O colega dele recebeu os cuidados médicos necessários e teve alta.

Investigação
Depois do crime, o autor, vizinho e conhecido da região, fugiu do local e não foi mais visto. Imediatamente foi identificado, e diligências foram efetuadas para prendê-lo em flagrante. Conforme afirmou Damaceno, já tinha passagem por furto de uma motocicleta em Paranaguá. Os policiais chegaram a ficar horas na rodoviária de Curitiba, pois havia denúncia de que ele estaria se dirigindo ao litoral paranaense, porém não lograram êxito em capturá-lo. Posteriormente, a polícia apurou que a sua família havia se mudado para Paranaguá logo após o fato. Localizaram o endereço e para lá se dirigiram. Nesse ínterim um Mandado de Prisão já havia sido expedido pela Justiça de Araucária. Como não encontraram o autor, orientaram seus pais no sentido de que o apresentassem junto a uma Delegacia de Polícia para que fosse ouvido e cumprisse a pena determinada pela Justiça, ao invés de permanecer na condição de foragido. Essa semana, o pai telefonou para a polícia civil de Araucária, dizendo da intenção do filho em se apresentar à Justiça. Os policiais se dirigiram a Paranaguá para buscá-lo, cumprindo o Mandado de Prisão em seu desfavor. Roger afirmou que a arma era de um colega e que ele pensou que estava sem munição; ele aguarda a Justiça.

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