Araucária PR, , 20°C

Bêbada, mãe agride filho de 2 meses  Bêbada, mãe agride filho de 2 meses
Pai da criança fugiu antes da chegada da polícia e é procurado para prestar os devidos esclarecimentos

Uma criança de 2 meses foi vítima de maus tratos causados, segundo vizinhos, por sua própria mãe, na região de divisa entre Araucária e Caximba. Conforme afirmou o Conselho Tutelar, o bebê está no Hospital Pequeno Príncipe sem risco de morte, porém as marcas da agressão são cruéis. “A criança foi espancada, uma barbaridade. Aparentemente, não teve nenhum tipo de fratura, as marcas são na pele; não teve machucados internos, apesar da nítida crueldade”, contou o conselheiro. Após melhorar sua condição, o bebê deve ser encaminhado para algum parente. “Já entramos em contato com uma avó da criança que se prontificou a acompanhá-la no Hospital. Quando tiver alta vamos tentar encaminhá-la para algum parente para que não precise ir para abrigo”, completou.

Flagrante
Patrícia do Rocio Fernandes, 32 anos, mãe da criança, foi presa na tarde de domingo, 11, perto das 16h. Conforme contou o superintendente da Polícia Civil, Edson Costa, a Polícia Militar recebeu um chamado para atender uma situação onde uma mulher teria agredido a própria filha. Em depoimento, Patrícia afirmou que estava alcoolizada, que havia bebido duas garrafas de cachaça naquele dia, mas negou a agressão, sendo que o que teria acontecido foi que ela caiu em cima de sua filha sem querer. Porém, moradores da região, que fica próxima ao Aterro da Caximba, disseram que ela bateu na menina. A comadre percebeu os ferimentos na criança e a levou ao Pronto Atendimento Infantil da cidade.

Moradores da região revoltados com a situação espancaram brutalmente a mãe da criança, que só foi salva com a chegada da PM. “Foi a Polícia Militar que impediu o linchamento, se não chegassem a tempo o povo tinha matado ela”, contou a superintendência da civil local. Até ontem, dia 12, Patrícia estava na carceragem de Araucária.

Histórico
Informações repassadas pela Polícia Civil apontam que Patrícia é alcoólatra, casada há 15 anos com Alessandro Cardodo, pai da criança, que tem passagem por violência doméstica em 2010. Patrícia possui outros dois filhos, um de 12 e outro de 13 anos que estão sob a guarda de sua irmã por falta condições dela de cuidar das crianças. Ela está sendo acusada pelo 1º artigo, 2º parágrafo, da lei de tortura do Código Penal brasileiro: submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.

Leia outras notícias