Araucária PR, , 19°C

Definidos os candidatos a prefeito, os partidos têm se ocupado agora em fechar as coligações proporcionais. Ou seja, aquelas que definem com quem cada legenda irá se juntar na briga pelas vagas de vereador. Esta discussão, aliás, tende a ser muito mais acirrada do que a que definiu os candidatos a prefeito.

E o motivo de tanta disputa é simples: os candidatos querem ficar numa coligação que tenha condições de alcançar o coeficiente eleitoral e que ao mesmo tempo lhes proporcione condições de se eleger. Isto porque a legislação eleitoral prevê que para se eleger o partido ou a coligação alcance determinado número de votos. Esse “número” é calculado da seguinte forma: divide-se o número de votos válidos pela quantidade de vagas de vereador, ou seja, onze. Considerando que temos cerca de 92 mil eleitores e que destes cerca de 15% devem ser brancos ou nulos, temos algo em torno de 78 mil votos válidos. Dividindo isto por onze, chega ao número mágico: algo em torno de sete mil votos. Este deve ser o coeficiente eleitoral nestas eleições. Logo, para eleger um vereador o partido ou coligação precisa fazer sete mil votos. Alcançando isto, é eleito o mais votado da chapa.

Por isso, os candidatos brigam tanto para que o partido coligue com determinadas legendas. Das três candidaturas majoritárias confirmadas, somente na do empresário Hissam Husseim (PPS) a questão está definida. Lá, os quatro partidos que integram a coligação principal também coligarão na proporcional. Com isso, teremos uma chapa com PPS, PR, PPS e PRTB. Serão 22 candidatos: sete mulheres e quinze homens.

Já na aliança que alçou Olizandro José Ferreira (PMDB) ao cargo de prefeito, as coligações proporcionais estão pra­ticamente certas. Serão dois grupos. Num deles estará PT, PHS e PSB e no outro PMDB, PSL, PC do B e PPL. Serão 44 candidatos, 22 de cada coligação. O quadro só muda se mais alguma legenda integrar a chapa majoritária, o que não deve acontecer.

Por sua vez, na coligação de Albanor José Ferreira Gomes (PSDB), não há nada definido. Apenas negociações, sendo que tudo deve se resolver somente aos 45 do segundo tempo. O que está certo mesmo é que o grupo quer lançar três grandes coligações proporcionais, com 22 candidatos cada. Hoje, a tendência é que haja a união de PP, PTB, DEM, PMN e PT do B. Outra chapa pode reunir PDT e PTC, muito embora o presidente do primeiro, Haroldo Ferreira, tenha dito que por enquanto eles estão conversando com todo mundo e com ninguém ao mesmo tempo e que as dobradas só se definirão mesmo na hora de fechar as atas das convenções, o que será feito somente no dia 30.

Quem quer o PTN?
O que tem dificultado um pouco as conversas proporcionais dentro do grupo de Zezé é o PTN, dos vereadores Pedro Nogueira e Adriana Cocci. Isto porque nenhum partido da liga estaria disposto a coligar com ele e as razões seriam muitas, e uma delas seria justamente uma “vingancinha”, já que em 2008 o PTN de Pedrinho e Adriana não quis coligar com nenhum outro partido temendo acabarem virando escadinhas. Mas caso o PTN continue tendo problemas de “aceitação”, ele deve acabar mesmo dividindo legenda com PSDB e PSD, com Pedrinho e Adriana tendo que lutar pela reeleição com outros tubarões.

Aberta
Sem candidatura majoritária, o PV tem acordos de boca com o PSDC e o PRP para uma coligação proporcional. Com isso, a chapa lançará 22 candidatos, sete mulheres e quinze homens. A ratificação do grupo, no entanto, só acontece amanhã, quando os três partidos realizam suas convenções.

Leia outras notícias