Colégio estadual sofre com a falta de segurança
A quadra de esportes nem bem foi concluída e já foi atacada pelos vândalos

A falta de segurança no Colégio Estadual João Nerli da Cruz, que funciona em regime de dualidade com a Escola Municipal Papa Paulo VI, no bairro Passaúna, está tirando o sossego de professores e alunos. E não é à toa. Segundo a diretora Sueli Kurihara, a instituição tem sido alvo frequente de vândalos.
“Eles acabam com, o patrimônio da escola, destroem vidros e roubam materiais escolares. Tem sido difícil conviver com este problema”, reclama a diretora.
Ela conta que durante as férias escolares os vândalos entraram no depósito e levaram toda a merenda escolar. E o pior não foi isso: a quadra de esportes, que acabou de ser construída pelo governo do Estado e estava prestes a ser inaugurada, teve toda a fiação elétrica roubada”, comenta Sueli.
O documentador escolar Alexandre Leal, que representa o Núcleo Regional de Educação em Araucária, disse que a quadra foi construída pelo Estado para que as duas escolas pudessem utilizá-la, mas devido à depredação por parte dos vândalos, não está sendo usada. “O Estado calcula que o prejuízo desse roubo seja de cerca de R$ 7 mil. Já foi solicitada uma nova fiação, mas não sabemos se será aprovada”, comenta Alexandre.
Ele arremata que como o prédio onde funcionam o Colégio João Nerli e a Escola Papa Paulo VI pertence ao Município, cabe a este se responsabilizar pela sua segurança.

Sem efetivo
Procurado pela reportagem do Jornal O Popular para falar sobre o assunto, o comandante da Guarda Municipal, Márcio Cantelle, explicou que a corporação não tem efetivo suficiente para fazer um policiamento mais ostensivo nas escolas.
“Temos um cronograma para atender as cerca de 40 instituições escolares, tanto na área urbana quanto na rural, mas temos apenas três viaturas, isso sem contar que elas também são usadas para atender às demais ocorrências no Município e os próprios públicos. Fica impossível fazer patrulhamentos mais frequentes”, disse.
Cantelle estima que seriam necessárias cinco viaturas para atender exclusivamente as escolas e mais três para atender às demais ocorrências. “Dez viaturas e um efetivo maior seria próximo do ideal para evitar que problemas como estes continuem acontecendo”, finalizou.