Com implantação do SAMU, Zezé regionalizará HMA

Desde que a Prefeitura de Araucária tornou pública a informação de que o Governo Federal aprovou a implantação do SAMU (Serviço de Atendimento Médico de Urgência) na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), tendo como sede o município de Araucária, várias pessoas entraram em contato com O Popular questionando até que ponto ser sede do SAMU Metropolitano é uma boa para a cidade e também se o serviço não significaria a regionalização de vez do Hospital Municipal de Araucária (HMA), concebido pelo ex-prefeito Olizandro José Ferreira (PSB) para ser um hospital municipal, que atendesse exclusivamente pacientes que morassem na cidade símbolo do Paraná. Podemos dizer que para a primeira pergunta ainda não há uma resposta definitiva. Já para a segunda, a resposta é sim.

Isto porque com a implantação do SAMU Metropolitano o HMA passará a ser um dos hospitais de referência da Central de Regulação Médica de Urgência Metropolitana do Paraná, que será construída em Araucária, ao lado do quartel do Corpo de Bombeiros, no jardim Tayrá. Assim, os pacientes atendidos pelo SAMU em qualquer um dos 28 municípios abrangidos pelo serviço poderão – em determinados casos – ser transferidos para o HMA. Do mesmo modo, poderá haver situações em que usuários atendidos pelas ambulâncias do SAMU em nossa cidade sejam encaminhados para hospitais da região. “Na Central de Regulação, os profissionais terão em tempo real a situação de leitos de todos os hospitais que fazem parte do projeto na RMC, sendo que os pacientes serão encaminhados para onde houver vagas. No entanto, a preferência será sempre a unidade de saúde instalada na cidade onde o usuário reside”, comenta o secretário de Saúde, Haroldo Ferreira (PDT).

Quando questionado sobre a regionalização do HMA, o secretário diz que desde a sua construção, o governador Roberto Requião (PMDB) afirmou que ele seria um hospital regional. “Não tem como dizer que existe hoje um hospital municipal na Região Metropolitana de Curitiba. No entanto, eu não entendo a implantação do SAMU como sendo a consolidação do HMA como regional e sim a consolidação de Araucária como centro regional de Saúde”, acrescentou o secretário.

Alto custo

Profissionais da saúde ouvidos pelo O Popular consideram que o grande problema da regionalização do hospital, que hoje atende somente pacientes de Araucária, salvo raras exceções, é que caberá ao contribuinte local – como sempre – o pagamento da conta. Isto porque o custo operacional do HMA é de R$ 1,7 milhões mensais. Um valor alto, mas que só tem razão de ser desde a sua inauguração porque atende somente araucarienses. No entanto, quando a administração do prefeito Albanor José Ferreira Gomes (PSDB) toma a decisão política de sacrificar a municipalização do HMA em prol da implantação do SAMU Metropolitano seria preciso que ele mostrasse antes, com dados objetivos, quais as vantagens para a população de Araucária com tal ideia. Coisa que Zezé não fez.