Este ano, até o dia 30 de junho, Araucária registrou 31 homicídios – média de 5,1 por mês. As vítimas foram três mulheres adolescentes, 18 homens com idade entre 18 e 35 anos, uma mulher e seis homens acima de 35 anos. Os outros três casos são homens ainda sem idade definida porque não foram identificados. E ainda ficaram fora da conta os mortos: em confrontos com policiais (3), em decorrência de lesão corporal (2), trazidos por correntezas (2) e desovado (1).

Números

De acordo com o Mapa da Violência dos Municípios Brasileiros – publicado pela Rede de Informação Tecnológica Latino Americana (RITLA), Instituto Sangari, Ministério da Saúde e Ministério da Justiça – em 2005 foram registrados 62 assassinatos. Nos anos seguintes, o índice caiu. Reduziu mais de 40% em 2006, sendo contabilizadas 27 mortes criminosas; e mais 22% em 2007, com 21 notificações.
Contudo, em 2008, o número voltou a crescer e mais que dobrou em relação ao ano anterior, chegando a 56, sendo que destes, 25  aconteceram no 1º semestre. No mesmo período deste ano já foram registrados sete casos a mais. Neste ritmo, até dezembro Araucária voltará a registrar 62 casos, o que equivalerá a 53,4 assassinatos por 100 mil habitantes por ano (contra 8,8 no mundo, conforme dados oficiais da Organização Mundial de Saúde, publicados em 2000).

Perfis

O titular da Delegacia de Polícia Civil, Rubens Recalcatti, diz que o aumento dos crimes contra a vida tem acontecido, não só em Araucária, mas em todo o Brasil. “Contudo, os números daqui são bastante expressivos e extremamente preocupantes. Praticamente, não tem passado uma semana sem homicídio”, comenta o delegado. “Nós temos procurado iniciar as investigações de imediato com intuito de identificar e prender os autores, como nos casos da jovem Pâmela e do esquartejado”, destaca Recalcatti.

O delegado diz ter detectado que parte expressiva dos assassinatos está ligado ao uso e ao tráfico de drogas. “Os motivos, geralmente, são brigas entre quadrilhas de traficantes, dívidas de traficantes-usuários e dívidas de usuários”, conta Recalcatti. “Os indivíduos envolvidos são extremamente frios e desprezam a vida. Utilizam armamento de uso exclusivo das polícias e das forças armadas, como pistolas 9 milímetros e ponto 40”, completa.

Cresce índice de homicídios