Nêga: ela teria perdido o controle da situação
O ano letivo de 2011 nas escolas municipais de Araucária mal começou e já são diversas as críticas que a Secretaria Municipal de Educação (SMED) vem sofrendo da comunidade, de professores e sindicatos.
Entre as principais delas estão o péssimo estado de conservação em que os pais encontraram alguns Cmeis e escolas, o corte do transporte escolar na área urbana, o atraso da licitação para o transporte dos estudantes da área rural e ensino especial, o que causou o adiamento do início das aulas nesses locais, e ainda o fato de a Prefeitura ter acabado com a disponibilidade de transporte para os professores que lecionam na zona rural, o que impossibilitará que os educadores de escolas e Cmeis cheguem no horário, vez que os ônibus coletivos que atendem essas regiões não circulam com muita regularidade.
Isto sem contar o fechamento do Clube de Ciências, uma antiga conquista dos professores da área, criado em 1.991 pelo próprio prefeito Albanor José Ferreira Gomes (PSDB), e a decisão de não ofertar mais ensino noturno nas escolas municipais David Carneiro e Azuréa Busquette, decisão anunciada no final do ano passado.
Para suspender boa parte desses serviços, a Prefeitura alegou a mesma coisa: necessidade de redução de despesas. A alegação perde força, porém, ao constatarmos que projetos da SMED muito mais caros e com eficácia educativa duvidosa estão sendo mantidos. Já para os problemas de manutenção, como falta de roçadas nos colégios e creches, não houve justificativa. Para o atraso nas licitações, a mantenedora alegou que algumas empresas entraram com recursos, o que prolongou o processo. No entanto, tal desculpa não se sustenta, vez que o certame poderia ter sido feito antes. Logo, o que faltou mesmo foi planejamento.
Zezé: ele não quer exonerá-la
Sem rumo
Diante de tantas medidas impopulares que a SMED vem tomando, já existem muitas pessoas – algumas muito próximas ao comando da Secretaria de Educação – que dizem que a titular da pasta, Maria José Dietrich, perdeu o controle da situação e que o prefeito Albanor parece ter medo de tomar a atitude mais correta neste momento: exonerar Nêga.
O problema é que a hesitação de Zezé em mandar Nêga pra rua vem causando prejuízos irreparáveis para os alunos de Araucária, alijados do direito de ter uma educação de qualidade, bem como para o seu capital político, que sangra um pouco mais a cada dia.
Waldiclei Barboza