Ele pode vir aí: Rogério Kampa, o vice pERfeito?
Rogério Kampa foi prefeito na década de 1980

Os bastidores da política araucariense estão em polvorosa. A seis meses do início do pleito que decidirá quem comandará a cidade a partir de 2013 surge um personagem novo e forte na disputa: Rogério Donato Kampa (PMDB). Exatamente, o ex-prefeito de Araucária, que muitos consideravam ter deixado de lado a política local, pode voltar para compor a chapa de oposição ao atual governo, encabeçada pelo também ex-prefeito Olizandro José Ferreira (PMDB).

Até onde se sabe, as negociações ainda são embrionárias, mas podem evoluir ao longo dos próximos meses. Pessoas próximas ao ex-prefeito, que governou o Município entre 1983 e 1988, dizem que o momento é oportuno para o retorno. É que Rogério, que desde que deixou a política local tem dividido seu tempo entre as funções de médico e empresário, teria vendido há poucos meses sua empresa e estaria prestes a se aposentar do cargo de médico no Governo do Estado.

Rogério, é bom que se frise, seria – inclusive – um forte candidato a prefeito, talvez o mais forte adversário que Albanor José Ferreira Gomes (PSDB) sonharia enfrentar. Mas não seria esse seu objetivo e sim compor a chapa ao lado de Olizandro para, em caso de vitória, ser o secretário municipal de Saúde da próxima gestão. A notícia da volta do ex-prefeito às campanhas políticas é vista com entusiasmo por quem conhece ou já ouviu falar do modo como ele governou a cidade na década de 1980.

O ex-prefeito é tido como um democrata. Uma pessoa de grande sabedoria, com uma visão de Estado semelhante à do falecido Ulysses Guimarães, um dos pais da democracia brasileira. Tais características já faziam parte da personalidade de Rogério quando ele governou Araucária. Na época, implantou o Transporte Integrado de Araucária (Triar) e focou na expansão da cidade para os bairros. Isto num tempo em que o Município não tinha o orçamento gigantesco que tem hoje.

Rogério ainda teria sido o criador do "mito" Zezé. Isto mesmo! Foi ele quem abriu as portas da Prefeitura para Albanor, que o sucedeu no comando da cidade em 1989. Inclusive, contam os que vivenciaram aquela época que, em troca do apoio de Rogério, Zezé teria que o apoiar na eleição para deputado estadual que se seguiria. Isto, ao que parece, não aconteceu e ambos teriam rompido.

O principal revés da vida política de Rogério teria sido o famoso caso do caixão enterrado com pedras no lugar do morto. Embora lembrado até hoje, o fato não abalou a imagem do médico, já que muitos consideram que tudo não passou de armação política para prejudicar o ex-prefeito.

Sem adversários
Caso decida mesmo ser o vice de Olizandro, Rogério não tem adversários no grupo à sua altura. Além do que, não seria nada inteligente por parte da oposição ao atual prefeito querer impedir a presença do ex-prefeito na chapa majoritária. Isto, claro, se o objetivo for vencer as eleições vindouras.