Encapuzado mata mulher na cama

Juliane morreu com quatro tiros na cabeça, no quarto do namorado

A jovem vendedora Juliane Soares Ferreira, 19 anos, aproveitou a noite de sábado, dia 23, para assistir a um filme com o namorado. Os dois estavam deitados um ao lado do outro, na cama, no quarto dele, quando um homem encapuzado entrou e atirou quatro vezes contra a cabeça da moça. O crime aconteceu por volta de 21h45, em uma casa de família, na Rua Gralha Azul, no Jardim Industrial, no Bairro Capela Velha.
Familiares do rapaz acionaram o Siate e uma equipe correu para o local para prestar atendimento a Juliane, mas ela não resistiu aos ferimentos. Os socorristas isolaram o local e aguardaram a chegada de policiais militares da 2ª Companhia do 17º Batalhão. Peritos da Polícia Científica analisaram a cena do crime e funcionários do Instituto Médico Legal (IML) recolheram o corpo da moça para necropsia.

Encapuzado mata mulher na cama

Investigação

Conforme apurado por policiais civis, testemunhas viram quatro homens chegando à casa, aproximadamente às 21h30. Dois deles, armados e com o rosto coberto, teriam invadido a residência e, enquanto um teria rendido os familiares do namorado de Juliane, o outro teria entrado no quarto onde estava o casal. Depois da execução da jovem, os quatro teriam fugido correndo, sem ser identificados.

De acordo com o titular da Delegacia, Rubens Recalcatti, Juliane morava próximo à casa do namorado, na Rua Uirapuru, no mesmo Jardim. Os dois estavam juntos há apenas quatro meses, mas a hipótese de crime passional não é a linha principal de investigação. “Sabemos que um grupo da região tem executado pessoas e investigamos se o homicídio de Juliane tem nexo com o assassinato do irmão dela, ocorrido no ano passado”, explica o delegado.

Ligações perigosas

O irmão da moça, o almoxarife Anderson Vieira dos Santos, 20 anos, e o colega dele, Douglas Delponte Vidal, 23, foram executados com tiros na cabeça e no peito, disparados de pistola de calibre ponto 40. O crime aconteceu na Rua Dionísio Gembaroski, próximo à Represa do Passaúna, no Bairro Capela Velha, na madrugada do dia 29 de agosto. Entre os corpos deles, peritos encontraram uma pedra de crack.

Ainda segundo o delegado, pessoas próximas a Juliane contaram que recentemente ela estava demonstrando preocupação e medo e pode ter sofrido ameaças. “Já temos informações importantes sobre o crime, que ainda não podemos divulgar para não atrapalhar o trabalho dos investigadores”, afirma o delegado.

Fotos: Marco Charneski