Encontram corpo em matagal
Família de Rutinha disse que ela era viciada em drogas e às vezes desaparecia de casa

Uma equipe da Guarda Municipal fazia ronda pelo Jardim Santa Clara, no Bairro Campina da Barra, no começo da tarde de segunda-feira, dia 6, quando recebeu de moradores a informação de que o corpo de uma mulher estava caído em um matagal, na Rua Lótus. No local de difícil acesso, cheio de trilhas que culminam em um banhado, os guardas encontraram a morta – posteriormente identificada como Rute Bello dos Santos, a Rutinha, XX anos – seminua e coberta por um edredom ensaguentado, com uma calça cheia de sangue jogada por cima.
Também informados da ocorrência, policiais militares da 2ª Companhia do 17º Batalhão estiveram no local e o isolaram até a chegada do perito do Instituto de Criminalística. De acordo com a perícia preliminar, Rutinha não apresentava marcas de facada ou de tiro e, pelos indícios, foi executada naquele local por estrangulamento. Funcionários do Instituto Médico-Legal (IML) recolheram o cadáver dela para necropsia e, segundo divulgado pela imprensa, no exame apurou-se que ela também teve um objeto introduzido no ânus.

Laudo
Contudo, o delegado-adjunto da Delegacia de Polícia Civil, Marco Antônio de Góes Alves, diz que o laudo do IML ainda não foi concluído e que, portanto, esta informação não pode ser confirmada. “A Polícia Civil também está aguardando o resultado da necropsia. Por enquanto, começamos a ouvir a família da vítima”, diz o delegado. De acordo com ele, Rutinha morava no Jardim Santa Clara com uma filha de 4 anos, era viciada e às vezes desaparecia de casa, possivelmente para se drogar. “Os parentes não sabem se ela estava sendo ameaçada”, fala Góes Alves.
De acordo com o delegado, um homem detido pela Guarda Municipal na cena do crime poucas horas depois do achado do corpo foi ouvido no inquérito. Conforme relatado pelos guardas, ele estava com uma faixa na cabeça e teria saído do local portando uma barra de ferro e dizendo que não havia sido o homicida. “Ele foi interrogado e liberado, porque não tem nada que indique a sua participação no homicídio”, explica Góes Alves. Segundo ele fala, a Polícia Civil segue com as investigações para solucionar o crime e identificar o autor.