O Centro de Referência Especializada em Assistência Social (Creas) realizou na tarde da última sexta-feira, dia 18, um encontro pelo Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. O evento aconteceu no Centro de Convivência do Idoso Dr. Ulysses Guimarães e recebeu um grande público interessado em debater e saber mais sobre o tema.
“Não há modo mais eficaz de prevenir a violência senão tratando disso com as crianças e adolescentes”, avaliou a advogada e pedagoga Ângela Mendonça no começo de sua palestra para técnicos da área de Assistência Social e outros interessados. Além deles, o encontro também contou com a participação de crianças e adolescentes de ações desenvolvidas no município.
Concurso
A mobilização neste ano também envolveu adolescentes atendidos nos Centros de Referência em Assistência Social (CRAS) do município e em toda a Rede de Proteção. Um concurso de desenhos sobre o tema escolheu o melhor para ser utilizado no material de divulgação. Durante o encontro, Gabriel Almeida Corrêa, 16 anos, recebeu uma bicicleta (doada por um empresário) como prêmio pelo desenho escolhido.
Informação e ação
Durante a mobilização, a presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) e diretora geral da SMAS, Fabíola Karas, lembrou que casos de violência contra crianças e adolescentes não estão distantes. Como exemplo, citou a pequena Raquel Genofre, 9 anos, encontrada morta em uma mala na rodoviária de Curitiba em 2008, fato que ganhou divulgação nacional na imprensa. A presidente ainda citou a importância do compromisso de cada um em agir caso tome ciência de um crime ou tenha alguma suspeita. Ressaltou também que a violência nem sempre é física; pode ser psicológica.
Especialistas afirmam que é comum a mudança no comportamento de crianças e adolescentes vítimas de violência. Entre os sinais mais comuns estão: apresentar marcas físicas constantes, mudanças repentinas de humor, alteração no rendimento escolar, falta de confiança em adultos e isolamento social. Cabe às pessoas mais próximas estarem atentas a essas mudanças e investigarem em caso de suspeita.
Para denunciar, basta entrar em contato com o Conselho Tutelar pelo 0800-645-5332 ou via Ministério Público por meio do Disque 100. As ligações têm sigilo garantido. Quem não quiser ligar também pode utilizar o site www.disque100.gov.br ou se dirigir a algum órgão de segurança (Delegacia, Guarda Municipal, Polícia Militar).