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As escolas, pela importância que exercem na formação desses futuros adultos, devem ser um meio atento ao comportamento das crianças. “Todos da escola estão sempre atentos às crianças. Nossas zeladoras que cuidam do recreio, naquele dia, observaram o menino com a arma na cintura e logo vieram me comunicar. Fui conversar com ele, e ele disse que era de brinquedo, mas logo chamei o conselho para dar o atendimento necessário” exemplificou Solange Ritter, diretora da Escola Eglé.

Conforme ela afirmou, os casos de violência estão muito frequentes nas escolas. “A situação está crítica, juntam quatro pra bater em um. Hoje mesmo tentaram me intimidar dizendo que tinham uma gang. Trazem brigas de fora, vizinhança, e deságuam dentro das escolas. E isso não ocorre só aqui. Os pais estão, em sua maioria, ausentes, a sociedade jogou para a escola a responsabilidade de criar seus filhos”. E afirma que arregaçam a manga para fazer o que está ao alcance: “Nós fazemos nossa parte, executamos projetos de não à violência, os professores aplicam trabalhos, jogos no computador. Também sempre observamos o comportamento dos alunos e podemos perceber pequenas coisas, como a arma no menino, mas está complicado. Estamos pedindo socorro!”.

Um exemplo de um programa que busca solucionar esse problema de modo simples e eficiente é o Programa Comunidade Escola. Ele mantém abertas as escolas durante os finais de semana e horários noturnos. Lá, atividades socioeducativas gratuitas são desenvolvidas nas salas de aula, quadras esportivas, auditórios, bibliotecas e laboratórios de informática. O programa realiza cursos para geração de renda, atividades esportivas, culturais, de lazer e saúde. Um grupo formado por representantes da comunidade, da escola e da prefeitura é responsável pelo planejamento das atividades, garantindo assim os interesses da comunidade. As oficinas são realizadas por voluntários, instrutores, servidores municipais e estagiários de graduação.

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