SEED pretende construir uma nova sede para o Colégio Marilze
A situação do terreno localizado em frente à Escola Municipal Archelau de Almeida Torres pode ser solucionada em breve. No entanto, a possível proposta não é para a área de lazer, como alguns moradores sugeriram. A ideia da Secretaria de Estado da Educação (SEED) é construir uma nova sede para o Colégio Estadual Professora Marilze da Luz Brand.
Essa escola está localizada atualmente no andar superior do Salão Paroquial da Matriz, mas carece de infraestrutura. Por isso, o professor Maurício Ferraz da Costa, coordenador do Núcleo Regional de Educação, estuda a possibilidade de transferir a instituição para o Jardim Iguaçu. “Essa Escola precisa muito de um lugar com melhores condições, e o pedido já existe em protocolo”, afirma. Além da possível construção do Colégio Marilze, o coordenador adianta que outras instituições de ensino vêm por aí. “Nós queremos um local próximo do Centro para a construção dessa e de outras unidades”, conta.
De acordo com a professora Laís Silveira de Moraes, diretora do Colégio Marilze, a situação ainda não está formalizada, mas já está em andamento desde 2011.
“O secretário e vice-governador Flávio Arns esteve aqui no Colégio ano passado e indicou a área da Archelau como local para construção”, conta. Segundo ela, Flávio estava acompanhado pelo professor Maurício e pelo prefeito Albanor José Ferreira Gomes.
O local
O terreno localizado em frente à Escola Archelau já tem uma história antiga com o setor educacional do Estado. Em 1997, ele foi doado pela Prefeitura de Araucária ao governo do Paraná para que uma Usina do Conhecimento fosse construída. Nela, seriam implantados diversos projetos nas áreas da arte, cultura, comunicação, ciência e tecnologia e profissionalização. No entanto, pelo que se pode ver 15 anos depois, nada foi realizado.
Segundo a coordenadora do patrimônio do Estado, Christiane Procópio, o espaço foi doado ao extinto Instituto de Desenvolvimento Educacional do Paraná (Fundepar). Esse órgão era responsável por incentivar e amparar atividades educacionais em todo o território estadual.
Entretanto, como a construção não foi concluída, a coordenadora explica que o terreno poderia ter sido devolvido à Prefeitura. “No documento estava escrito que a doação seria revertida ao município em 180 dias, caso a construção não fosse iniciada, ou em dois anos, se não fosse concluída”.
Situação
Esse pedido de revogação, de acordo com o secretário de Urbanismo Mário Celso Torres, já foi feito. “Há alguns anos houve uma aprovação para que essa área fosse transferida para o município, mas o procurador não autorizou a transferência”, conta. Além disso, Christiane afirma que, no final do ano passado, a Prefeitura de Araucária tentou resgatar o terreno novamente. “A revogação precisa de lei e, como já era final do ano, não deu tempo”, esclarece. Por conta da demora para a aprovação, ela explica que agora o terreno só poderá ser resgatado em 2013. “Existe uma lei federal que proíbe qualquer doação de bens em ano eleitoral”. Dessa maneira, o responsável pelo cuidado da área na Avenida Archelau de Almeida Torres ainda é o Estado do Paraná.
Como a área pertence ao Estado, a construção de uma nova sede para o Colégio Marilze é uma proposta viável que pode agradar muitos moradores da região nos próximos anos. Afinal, eles esperam há muito tempo que a área seja utilizada de maneira sábia em benefício da população.