Falta de asfalto torra a paciência de populares
Além da sujeirada, poeira ainda ocasiona problemas de saúde

Moradores da rua Alfredo Rodrigues, no jardim Arvoredo, não aguentam mais conviver com a poeira que invade suas casas e comércios diariamente por conta da falta de asfalto. A revolta da população com a situação só não é maior do que a indignação com o poder público municipal, que segundo ela nada faz para resolver o problema.

"O que mais revolta é que a Prefeitura já começou a fazer o asfalto aqui quando o Olizandro era o prefeito, mas a obra parou na gestão dele mesmo e nunca mais continuou" relata um morador que se identificou apenas como Juliano. A situação de quem reside ao longo da rua é tão precária que dona Maria Aquino Ferreira decidiu fazer um abaixo-assinado na tentativa de sensibilizar os governantes locais. "Com três dias de coleta já consegui mais de 180 assinaturas", conta, para em seguida relatar o seu desespero com a quantidade de pó que invade seu pequeno comércio: "como nesta rua passam ônibus o pó aumenta muito. É um negócio de outro mundo, nem adianta limpar que não demora nada e está tudo sujo de novo". O descontentamento de dona Maria aumenta ao relembrar que o prefeito Albanor José Ferreira Gomes (PSDB) ainda quando era candidato em 2008 esteve na região e prometeu melhorias. "Quando foi época de eleição o prefeito veio até a rua prometendo melhorias, mas até agora nada fez!", resume.

Como se não bastasse a sujeira, o pó ainda traz doenças para os moradores locais. "Tenho dois filhos, um de dezesseis e outro de oito anos, e direto tenho que levá-los ao NIS com ataques de bronquite devido à poeira" conta seu Luiz, que também reside por lá.
Sem resposta
O abandono sofrido pelos moradores da rua Alfredo Rodrigues também foi sentido por nossa reportagem quando entramos em contato com a Prefeitura para saber se existe previsão de melhorias para aquele local. Acontece que a assessoria de comunicação da Secretaria de Governo simplesmente nos informou que não iria comentar o assunto, mais uma prova do desrespeito do poder público municipal com a população trabalhadora de Araucária.