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Familiares protestam contra violência no trânsito
Silêncio e orações marcaram protesto realizado no local do crime

Mercedes Miranda Ribas, 51 anos, a segunda vítima do atropelamento que ocorreu no Jardim Iguaçu, o cruzamento das Ruas Paraíba e Rondônia, faleceu na quarta-feira, 15. Ela não resistiu aos ferimentos do impacto e se tornou mais uma estatística das fatalidades da violência no trânsito. Ainda estava claro quando ela e sua sogra, Zahir Vieira Ribas, 73 anos, atravessavam o cruzamento indo para casa, quando foram colhidas por um Chevette. Conforme relatos de testemunhas, o veículo estava em alta velocidade e o condutor Raphael Zaccaro Tinoco, 19 anos, fugiu sem prestar socorro. Mas a Polícia Militar conseguiu detê-lo alguns metros adiante. As duas vítimas foram levadas em estado grave pelo Siate para o Hospital Municipal de Araucária. Zahir não resistiu ao impacto e faleceu após dar entrada no HMA. Mercedes faleceu uma semana após o ocorrido.

Revolta
Amigos, parentes e moradores da região estão revoltados com o ocorrido. Na quinta-feira, 16, às 17h, o grupo realizou um protesto no local do acidente, pedindo mais segurança no local e prudência dos motoristas e pedestres. “Eu estou revoltada, este cara tem que ir para cadeia, é um absurdo”, afirmou uma vizinha indignada com a situação. “Aqui não tem calçada, é um perigo, já foi uma fatalidade fazer essas duas vítimas, podiam ser crianças”, afirmou uma amiga da família.

Condutor
Em seu depoimento dado à Polícia Civil, Raphael afirmou que na tarde de terça-feira (07), perto das 16h30, ele foi à casa de um cliente no centro da cidade para buscar um computador com defeito. Quando estava retornando para casa, parou próximo ao Posto Fiala II, onde, segundo ele, permaneceu até ser abordado pela Polícia Militar. Conforme contou, momentos antes da chegada dos policiais, cerca de quatro pessoas foram até onde ele estava, dizendo que ele havia atropelado duas senhoras e que ele havia fugido sem prestar socorro. Amigos de Raphael tiveram que conter uma possível agressão dos populares. Ele então mostrou aos policiais seu carro, que estava com a frente danificada. Raphael afirmou não ter atropelado as vítimas, bem como não conhecia a rua em que ocorreu o acidente. Ele negou fazer o bafômetro por orientação do tio.     

Pessoas que viram o acidente afirmaram que Raphael estava a mais de 100 km por hora. De acordo com a Polícia Civil, ele foi localizado cerca de 200 metros de onde ocorreu o atropelamento, com evidentes sinais de embriaguez, voz alterada, olhos vermelhos, comportamento inadequado e odor etílico. Segundo a investigação, o rapaz tem passagem na polícia por Maria da Penha contra a mãe e é usuário de crack. Desde a data do atropelamento, Raphael ficou detido na Delegacia de Araucária. Às 18h de quarta-feira, 15, ele recebeu alavará de soltura e aguarda em liberdade decisão da justiça.

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