Função do vereador: fiscalizar ou encobrir?

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Na última segunda-feira (17), a Câmara de Vereadores de Araucária pegou fogo com o pedido de investigação proposto pelo PPS, indicando irregularidades nos contratos emergenciais durante a então gestão do prefeito Olizandro. A denúncia é que estes contratos aproximam-se de R$ 25 milhões e ocorreram sem licitação.

O vereador Paulo Horácio esteve à frente da defesa de Olizandro na sessão, porém o Presidente da Câmara, Pedro Nogueira, contestou certos comentários do vereador. Votaram a favor da investigação os vereadores Adriana Cocci (PTN), Alex Nogueira (PSDB), Dr. Josué (PT), Pedro Nogueira (PTN), Roberto Motta (PSD) e Vanderlei Cabeleireiro (DEM). Alguns vereadores que se mostraram a favor da comissão de investigação salientaram que se negassem tal averiguação poderia ficar claro que o prefeito tem algo a esconder. Foram contra a investigação os vereadores Alexandre Gotfrid (PT), Francisco Cabrini (PP), Esmael Padilha (PSL), Paulo Horácio (PSDB) e Pedrinho da Gazeta (PMDB).

Havendo uma suspeita, ainda mais no caso de uma administração pública que, como a nossa, vem deixando inúmeros furos que afetam diretamente a população, a postura esperada é que o próprio “acusado” queira desmentir a denúncia. Se isso não for conveniente, logicamente seus aliados defenderão a não averiguação da situação.

Diante disso, é vergonhoso saber que aqueles que foram eleitos pela população com a atribuição de fiscalizar os recursos públicos municipais não conheçam suas obrigações. Qual base os vereadores tomam para não cumprir seu dever constitucional e moral? Com as recorrentes circunstâncias cabe a nós questionar se os vereadores cumprem suas funções, ressaltando que encobrir marmotas da administração pública certamente não se insere neste rol.
 

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