O “carro do Povo”. Esse título recebeu o fusca quando foi lançado. E no mês de janeiro, o Volkswagen completa 50 anos de fabricação no Brasil.
O “besouro” foi lançado na Alemanha, em 1935, por Ferdinand Porsche, e foi projetado para servir à “guerra”.
Adolf Hitler queria um carro prático, de fácil manutenção e que durasse bastante, e o fusca foi o escolhido.
Ele foi quase foi dizimado na 2ª guerra mundial, mas o besouro ressurgiu das cinzas, e depois do quase seu fim, virou símbolo da economia alemã.
Aqui no Brasil, os primeiros “fusquinhas” chegaram na década de 50. Cerca de trinta unidades desembarcaram no Porto de Santos. Mas as produções do besouro só foram oficializadas em 1959.
Em 1986, o fusca parou de ser produzido no Brasil, temporariamente.
Em 1993, o então presidente Itamar Franco sugeriu que o fusca voltasse a ser fabricado. Em 1996, foi encerrada a produção no Brasil.
O último
Em 30 de julho de 2003, em Puebla, no México, foi fabricado o último exemplar do fusca, a série “ultima edição” fechando o ciclo do carro mais popular do mundo. Este se encontra no museu da Volkswagen, na Alemanha.
O amor continua
E o apelido de carro do povo mostra que muitos conservam seu amor pelo fusca. Mesmo com todos os modelos de carros, de tecnologia infinitamente superior, mais velozes, confortáveis, o fusca mostra que resiste e continua dominando os corações de muitos brasileiros.
O trabalhador araucariense autônomo, Sérgio Tsutsumi, de 59 anos, conta que já teve mais de 12 fuscas, e hoje tem o seu, todo original, ano 1973. “Atualmente estava com dois fuscas, agora vendi um e vou ficar com esse, que está 90% original”, fala Sérgio.
O araucariense esteve no último domingo no encontro dos fuscas, em comemoração aos 50 anos de fabricação no Brasil e disse que tinha vários fuscas, um melhor que o outro.
Ele conta que tem fusca porque o carro é uma relíquia. “Antes morava no interior, e sempre tive fusca, mas agora, tenho o carro por gosto próprio, e já considero parte da minha família”, finaliza Sérgio.