Os funcionários da Transresíduos Engenharia Ambiental, Limpeza Pública e Industrial, empresa responsável pela coleta de lixo do município, decidiram cruzar os braços na última segunda-feira, dia 7. Entre as reivindicações dos trabalhadores estavam:

1) mudança na forma do cálculo do adicional de insalubridade sobre o salário que os funcionários da empresa recebem. Hoje este valor, segundo os funcionários é pago considerando o valor do salário mínimo e não do vencimento base da categoria; 2) o aumento do valor do vale-alimentação para R$ 312 mensais, equiparando com a quantia paga aos funcionários da empresa que atuam em Curitiba; 3) criação de uma CIPA; e 4) fim do banco de horas.

Diante da paralisação, a empresa marcou uma reunião com uma comissão formada pelos empregados para discutir a situação e em troca os funcionários voltaram ao trabalho. O encontro aconteceu ontem, dia 10, e não terminou nada bem para alguns dos empregados, que foram demitidos pela Transresíduos.

“A empresa se reuniu com os funcionários e achou por bem demitir alguns deles”, disse um dos gerentes, Ângelo Breseghello Filho. Questionado sobre a pauta de reivindicações, Ângelo não soube dizer se algum dos pedidos dos trabalhadores foi atendido. Esta resposta ele ficou de fornecer a nossa reportagem hoje, dia 11.

Na justiça
Um dos demitidos pela Transresíduos foi o motorista Gabriel dos Santos. Ele assinou a pauta de reivindicações como representante da comissão de trabalhadores. “Nós trabalhamos feito loucos naquela empresa e acabamos sendo dispensados. Eu alguns colegas vamos entrar na justiça contra a Transresíduos”, avisou.

Questionado sobre a pendenga, o secretário de Meio Ambiente, Hino Dirlei Falat Pereira de Souza, explicou que a prefeitura não tem como intervir nas questões entre empresa e seus funcionários. No entanto, Dirlei disse que caso a empresa não esteja respeitando a legislação trabalhista, a prefeitura pode multa-la e até romper o contrato. “Vamos verificar esta situação da insalubridade e da criação da CIPA e vamos intervir caso seja necessário”, avisou.

Milhões
O contrato entre o Município e a Transresíduos é de cerca de R$ 12 milhões de reais e a coleta de lixo é um dos serviços públicos mais bem avaliados pela população araucariense, com mais de 95% de avaliação.