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Grupo de Zezé tira o PDT das mãos de Clodoaldo
Em reunião com filiados, Clodoaldo tinha certeza de que ficaria com o PDT

Sabem aquele ditado que prega que a política é igual às nuvens: hora você olha para o céu e elas estão num lugar, de repente, você olha de novo e elas já trocaram de posição? Pois então, a máxima é perfeita para explicar o que aconteceu com o diretório municipal do PDT nesta semana.

O vereador Clodoaldo Nepomuceno Pinto Jr. iniciou a semana como presidente da legenda, fez uma reunião no final da tarde de segunda-feira, dia 15, com seus filiados e tinha a certeza de que permaneceria no comando da sigla, mas não é que antes do final da noite da mesma segunda, o comando do diretório local do PDT havia mudado de mãos e caído exatamente no colo do secretário de Saúde, Haroldo Ferreira, cuja história política em Araucária não daria um gibi?

A decisão que culminou na troca do comando do PDT local foi tomada pelo diretório estadual em reunião na noite de segunda-feira. Na oportunidade, a cúpula paranaense da legenda analisou os pedidos de dois grupos que queriam ficar com a provisória do PDT em Araucária: uma liderada por Clodoaldo e outra por Haroldo. Onze pessoas votaram e por unanimidade venceu a chapa comandada pelo secretário de Saúde do prefeito Albanor José Ferreira Gomes (PSDB).

A notícia acabou com o dia de Clodoaldo, que ainda na sessão plenária da Câmara, que acontecia no mesmo horário da reunião do diretório estadual do PDT, ficou sabendo da notícia. Ao melhor estilo do vereador, ele soltou os cachorros na decisão do diretório estadual. Disse que foi traído pelo senador Osmar Dias (PDT), cacique maior da sigla no Paraná. "Caminhei junto com o Osmar na eleição passada, enquanto eles (grupo de Zezé) trabalharam para o Beto Richa. Araucária foi a única cidade da região metropolitana em que o Osmar venceu o Beto e ele havia se comprometido comigo", vociferou.

O edil ainda afirmou que negociações escusas devem ter pesado a favor do integrante do grupo de Zezé para que ele ficasse com o PDT. "Eles pensam que vão me pressionar, mas com estas pessoas eu não componho. Estou sendo discriminado porque decidi ficar do lado do povo e denunciar o que acontece na gestão atual", ponderou Clodoaldo durante a semana. A tese da discriminação, aliás, tem sentido, vez que hoje o vereador é a principal voz dentro da Câmara, fazendo seu papel de fiscalizar e quando necessário denunciando possíveis irregularidades praticadas pela gestão tucana, onde está abarcado Haroldo e outros integrantes do PDT. "Não conseguiram me coagir, e se for o caso, eu cumpro este mandato ao lada da minha população e deixo de concorrer nas eleições do ano que vem, mas com o grupo do Zezé eu não vou", finalizou.

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