Haja paciência com o C.S. Santa Mônica!
Qualquer chuva já causa alagamento em salas do centro de saúde

Relatos dão conta de que aquela que após sua morte seria chamada de Santa Mônica nasceu em Tagaste, na África do Sul, no ano 332. Ela foi elevada à condição de santa porque em vida, com sua fé, conseguiu converter o marido e o filho à vida cristã. Depois de morta, milhares de mães e esposas rezam a Santa Mônica pedindo a mesma dádiva.

Em Araucária, no entanto, não demorará muito e os moradores dos jardins Iguaçu, Santa Regina, Tayrá e redondezas terão que pedir outra dádiva a Santa Mônica: que o centro de saúde que leva seu nome receba a atenção devida do poder público e que as reformas ali feitas não causem mais transtornos do que benefícios.

Na sexta-feira, dia 15, por exemplo, o secretário de Obras Públicas, Clodoaldo Pinto Jr. (PT), vistoriou o local, que – apesar de ter passado por uma reforma no ano passado – ficou completamente alagado com as chuvas que caíram sobre Araucária na quinta-feira, dia 14. “As calhas não conseguiram escoar a água da chuva, que acabou infiltrando para dentro do posto pelo teto”, resumiu o secretário.

Ainda conforme explicou Clodoaldo, ao que parece, o problema no local não foi a execução da obra e sim falhas no projeto de engenharia. “O tipo de cobertura utilizada aqui não foi a apropriada”, lamentou.

Como se não bastasse o transtorno com a água que invadiu o almoxarifado onde ficam armazenados remédios, salas de espera e consultórios médicos, os funcionários do centro de saúde aproveitaram a visita do secretário para reclamar de vários outros defeitos que a unidade, reinaugurada em dezembro de 2012 vem apresentando. “Além das infiltrações, temos problema na rede elétrica, a sala de expurgo não possui ventilação, não há cobertura no corredor que leva do bloco médico para o odontológico, isto só para citar alguns problemas”, relatou uma médica que preferiu não se identificar.

Nova reforma
De acordo com Clodoaldo, emergencialmente, o que a Secretaria de Obras mandou fazer foi a limpeza das calhas. “Infelizmente, no entanto, para resolvermos isso será necessária uma nova reforma”, lamentou, relembrando o custo para os cofres públicos que teve a obra realizada no local no ano passado. “Eles gastaram aqui R$ 310 mil. Dinheiro público mal aplicado, que não resultou em nenhum benefício para a comunidade que precisa deste centro de saúde”, finalizou.