Jovens participam de concurso de oratória
Abraâo Dias da Escola Nadir ficou com o 1º lugar na competição

Imagine você falando para um público sobre corrupção, ainda sendo avaliado por cinco jurados que analisam sua voz, o conteúdo do que você fala e sua apresentação como um todo; tarefa nada fácil, não? Pois onze jovens de Araucária tiveram peito e passaram por essa prova de fogo durante o Projeto Oratória nas Escolas, organizado pelo JCI, que consiste no estímulo ao estudo e reflexão sobre temas relacionados ao combate à corrupção que vem ao encontro do projeto nacional de combate à corrupção do ministério público. Os organizadores acreditam que com esta iniciativa, jovens estudantes podem formar uma consciência crítica em relação ao tema, sendo possível também estimular a prática de falar em público, competência necessária para diferenciar-se no mercado de trabalho.

“O concurso foi muito bom, todos os 11 competidores estavam muito bem preparados, estudaram muito sobre o tema, se dedicaram muito. O mais interessante foi a abrangência do projeto, pois o projeto não envolveu apenas o competidor, envolveu a família que foi assistir, o competidor e quem o ajudou a treinar, e também os colegas de turma que avaliaram os discursos, enfim a comunidade escolar participou, o que foi muito interessante”, conta Danilo Donoso, que faz parte da organização. Sendo assim, avaliados por um corpo técnico bem heterogêneo, envolvendo comunicador, político, professor de português, fonoaudióloga e um representante dos patrocinadores, três participantes se destacaram garantindo as primeiras colocações: Abraâo Dias de Oliveira, da Escola Prof. Nadir Nepomuceno Alves Pinto, ficou em 1º lugar e ganhou troféu e R$1 mil; Caroline Mara Anastácio Martins, da Escola Educar, ficou em 2º lugar; e Giovana Barbosa Lauriana, da escola Planalto dos Pinheiros, ficou em 3º lugar.

Etapas
O concurso Nacional de oratória foi disputado em duas etapas, a primeira aconteceu dentro das escolas quando cada estabelecimento de ensino indicou o seu representante. A etapa seguinte já contou com todas as escolas participantes e seus representantes e foi realizada na quarta-feira passada, 28 de agosto, na Câmara dos Vereadores. Porém, antes disso, nos dias 14 e 21 de agosto os campeões de cada escola fizeram um treinamento conjunto para o grande dia: “O competidor é avaliado em um tripé, que tem por base o julgamento da Voz, o Conteúdo do discurso e a apresentação em si. Cada jurado avalia 31 itens em apenas 1 apresentação, sem considerar o tempo que deve ser de 3 a 5 minutos, se não o competidor perde ponto. Cabe lembrar que está é uma avaliação muito difícil de ser realizada por parte do jurado, pois não é uma prova objetiva”, explica Danilo.

Conteúdo
Mas o que os alunos, de 12 a 14 anos, apresentaram surpreendeu: “A discussão foi excelente , no começo pensei que os alunos entrariam muito no debate da corrupção política, mas não foi apenas isso, conseguiram conscientizar o público sobre a corrupção do próprio ser, a busca do beneficio em prejuízo do outro, o sempre querer ganhar em tudo, subornar o policial e não ser punido, colar na prova e tirar uma boa nota, ou seja as ‘pequenas corrupções’ que vão gerar as grandes corrupções. Muitos convidaram os participantes para a ação, para ajudar a construir um pais melhor e não apenas culpar os políticos”, revelou Danilo.