Ir para a escola pode se tornar um drama para algumas crianças. Isto por causa do bullying, uma espécie de violência psicológica que às vezes chega à agressão física. Elemara de Lima denunciou que o filho, de 7 anos, chegou da Escola Municipal Profª Eglé Cordeiro Machado Pinto, no Jardim Califórnia, na segunda-feira, dia 16, com a boca machucada e faltando alguns dentes.
“Meu filho contou que tinha sido agredido na escola. E esta não foi a primeira vez em que ele apareceu com marcas de machucados. desta vez tiveram que levar ele no postinho de saúde porque machucou bastante a boca e perdeu um dente”, lamenta a mãe.
Ela relata que o menino vem sendo vítima de agressões desde o ano passado, mas agora cansou de o ver apanhar e resolveu denunciar. “Na terça-feira eu nem mandei ele pra escola porque, como está com a boca inchada, com certeza seria motivo de gozação por parte de outras crianças”, disse.
A mulher disse que procurou a redação do Jornal O Popular para pedir ajuda, uma vez que as agressões que seu filho vem sofrendo podem ser apontadas como um caso de bullying.
Escola nega
A diretora da escola, Solange Ritter da Rocha, onde está matriculado o aluno de 7 anos que teria sofrido bullying, nega a agressão e diz que a mãe estaria omitindo alguns fatos. A alegação é que o machucado na boca foi decorrente de um acidente.
“Durante o recreio, o menino foi empurrado, sem querer, por uma aluna especial. Infelizmente ele bateu a boca e o levamos no postinho de saúde porque perdeu um dente. Mas isso não é comum aqui na escola, porque nosso recreio é orientado por voluntárias. Se ocorrem brigas, são coisas comuns entre crianças, mas nada que saia do nosso controle”, justificou a diretora.
Sobre as outras agressões que o menino teria sofrido, Solange explicou que todas as brigas, quando merecem destaque, são esclarecidas na presença dos pais dos envolvidos. “Pensei que todas as situações já tinham sido resolvidas e que a mãe tinha entendido tudo”, comentou.
A diretora lembrou ainda que a Escola Eglé tomou algumas medidas para evitar brigas entre crianças e uma delas foi dividir o recreio em duas etapas, sendo a primeira para os alunos menores das primeiras séries e a segunda para os maiores. “Temos cerca de 200 crianças em cada etapa do recreio”, finalizou.