Causou indignação em muitos servidores da Prefeitura de Araucária, bem como na população local, a divulgação de parte da relação contendo os beneficiados com funções gratificadas na gestão do prefeito Albanor José Ferreira Gomes (PSDB). Nesta edição, você confere mais uma leva de servidores que recebem o benefício (até a letra H). E na próxima terça-feira, finalmente, terminamos a publicação.
Boa parte da revolta se deu quando a população soube que funções gratificadas estão sendo distribuídas a parentes do primeiro escalão de Zezé, além de outras estranhezas reveladas pelo O Popular em sua última edição, como FGs com valores diferentes daqueles previstos em lei. Também choca o fato de que a imensa maioria das FGs é distribuída sem qualquer critério técnico estipulado em lei. A exceção são aquelas gratificações concedidas a diretores de escolas e Cmeis, cujos detentores tiveram que vencer uma eleição para perceber o extra.
Inclusive, a falta de critérios na hora de conceder as FGs já era uma preocupação antiga do Sifar, sindicato que representa o funcionalismo público municipal. Tanto é que durante as eleições do ano de 2008, a entidade elaborou um documento no qual os candidatos a prefeito de então se comprometiam, entre outras coisas, com critérios mais democráticos na hora de decidir quem seria beneficiado com o plus salarial. Na ocasião, Zezé ratificou o protocolo, mas até o momento o compromisso assumido não foi cumprido.
Sete chaves
Não é de hoje que a relação dos beneficiados com funções gratificadas é mantida a sete chaves pela Prefeitura. Na gestão do ex-prefeito Olizandro José Ferreira (PMDB), quando o Estatuto do Servidor foi aprovado criando as FGs, a lista também não era divulgada.