Nesta quinta-feira, 14 de fevereiro, aproximadamente 12 mil alunos de escolas estaduais de Araucária estão voltando às salas de aula, nas 20 instituições da rede existentes no Município. Junto com o retorno, vêm as preocupações relacionadas à falta de professores, situação das salas e demais instalações, falta de vagas, entre outras. Segundo a Secretaria de Estado da Educação (SEED), a rede estadual possui capacidade para atender toda a demanda de matrículas no Paraná, e o Cadastro de Espera de Vaga Escolar (CEVE) está à disposição de estudantes que desejam transferência de uma escola estadual para outra. Para estudantes vindos da rede privada, trocando de cidade, estado ou país, são direcionados a um estabelecimento de ensino com disponibilidade de vagas, tendo prioridade para ocupar essas vagas.
Embora a SEED garanta que há vagas para todos, muitos pais afirmam que estão tendo problemas na hora de matricular seus filhos no ensino médio. Isso porque não estão encontrando vagas disponíveis para o período da manhã, em escolas próximas de suas casas. “Considerando que nossos filhos tem entre 14 e 15 anos, ficamos muito preocupados em deixá-los estudar à noite, devido à falta de segurança”, comentou um pai. Outro pai disse que seu filho terá que estudar em uma escola muito longe de casa, o que o deixa bastante receoso. “Minha filha terá que pegar ônibus, e ela ainda é muito nova, isso sem contar que a violência não tem hora pra acontecer”, comentou.
A SEED justificou que está realizando estudos para a substituição de duas escolas e a construção de uma unidade nova em Araucária, o que irá disponibilizar mais salas de aula e ampliar as possibilidades para o planejamento escolar no Município. No entanto, não adiantou mais detalhes, alegando que os estudos em andamento para construção de novas unidades são processos internos.
Quadro de professores
Com relação ao quadro de professores, outra grande preocupação dos pais: a SEED não deu muitas explicações, apenas adiantou que os docentes participaram da distribuição de aulas para o ano letivo entre os dias 1º e 9 de fevereiro, não explicando se haverá ou não a falta de profissionais em algumas escolas. A estrutura física preparada para receber os alunos é outro assunto que gera ansiedade, já que em todo começo de ano, muitas unidades costumam enfrentar problemas com salas de aula em condições precárias, equipamentos quebrados, entre outros. Sobre a questão, a Fundepar afirmou que apenas três instituições têm obras em andamento, mas não citou quais. Explicou ainda que a maioria já recebeu recursos do Fundo Rotativo para contratar serviços de jardinagem, roçadas e outros, o que deverá garantir a limpeza para o retorno às aulas. No quesito merenda escolar, a Fundepar disse que os itens não perecíveis já chegaram às unidades, mas não comentou sobre os demais produtos.
Texto: Maurenn Bernardo
Publicado na edição 1150 – 14/02/2019
