O guarda municipal Carlos Alberto Fuchner, 38 anos, levou dois tiros quando trabalhava no Centro Integrado de Segurança (CIS) – localizado na Rua Andorinha, no Jardim Industrial, no Bairro Capela Velha. Apesar de ter sido rapidamente socorrido por dois médicos do Centro de Saúde Dr. Silvio Roberto Skraba, que fica ao lado, ele não resistiu aos ferimentos, e atendentes do Siate removeram o corpo para o Hospital Municipal de Araucária (HMA).
Autoria
O homicídio aconteceu na manhã de sexta-feira, dia 26, por volta das 10h30, e, graças ao trabalho integrado da Guarda Municipal com a Polícia Civil e a Polícia Militar, já se tem a autoria do crime confirmada e possíveis participações levantadas. De acordo com o superintendente da Delegacia, Luiz Pereira, o autor dos disparos é um adolescente de 16 anos, morador da região, que pode ter levado como comparsa um jovem de 23.
“Para a Polícia, é certo que foi esse menor, porque temos testemunhas oculares do homicídio. Quanto ao outro partícipe, há dúvida, mas temos 95% de chance de que seja o jovem que identificamos”, afirma Pereira. “Não se sabe se o adolescente foi para o CIS com o intuito de roubar o revólver do guarda ou se foi por outro motivo. Mas ele deixou o local levando a arma e isso, por si só, caracteriza latrocínio “roubo seguido de morte”, explica o superintendente.
Crime
Há informações de que o menor frequentava o Centro de Referência da Assistência Social (CRAS), que fica ao lado do Centro Integrado de Segurança e dá apoio psicopedagógico a usuários de drogas. Mas segundo apurado por investigadores da PC, naquela manhã ele teria ido ao CIS e, por intermédio de Fuchner, se cadastrado para um dos cursos de informática do programa Digitando o Futuro, ministrados no local.
“Pode ser que ele quisesse estudar o local, pode ser que quisesse ver se o guarda portava arma”, especula um investigador. “O fato é que minutos depois ele voltou acompanhado e entrou em luta corporal com Fuchner, dentro da sala dele”, conta o policial. “A briga seguiu pelo corredor e terminou na porta de entrada lateral, com o oficial baleado à queima roupa na cabeça e na clavícula”, narra o investigador. Os dois então fugiram correndo, levando o revólver calibre 38 do guarda.
Busca
Imediatamente, policiais civis, policiais militares da 2ª Companhia do 17º Batalhão e guardas municipais iniciaram as buscas pelos envolvidos. Pouco depois, o padrasto do menor foi detido, acusado de dar fuga a um dos suspeitos com o próprio carro, mas ele negou ter dado carona para o enteado e disse não saber nada do crime. Na casa da família, foram encontradas roupas com as características das usadas pelo autor, conforme descrição das testemunhas.
“Entramos na Justiça com pedidos de busca e apreensão, de prisão do maior e de apreensão do menor”, diz Pereira. Conforme o superintendente, as Polícias e a Guarda estão em trabalho ostensivo para localizar os envolvidos. Informações sobre o paradeiro deles podem ser repassadas anonimamente pelos telefones 3642-2000, 3642-2768, 3901-5200, 190 e 153.
Suelen Canguçu (S.C.).