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Meio ambiente estaria em risco com nova indústria
Reunião do Conselho do Plano Diretor para definir estratégias contra a vinda da Coquepar

A população de Araucária está se mobilizando mais uma vez contra a vinda de uma empresa que poderá piorar as condições ambientais da cidade. Trata-se da Companhia de Coque Calcinado de Petróleo (Coquepar) que, segundo denúncias feitas à reportagem do Jornal O Popular por ambientalistas e pessoas da comunidade, seria uma irmã gêmea da Conversora de Fertilizante e Energia do Paraná (Cofepar), que tentou se instalar em Araucária no ano de 2001, mas o projeto não passou da audiência pública.

Na época, a Cofepar até conseguiu a licença ambiental, mas poucos meses depois, os empreendedores desistiram, porque toda a cidade se mobilizou contra, e praticamente 50% dos habitantes participaram de um abaixo assinado, pedindo a não instalação da empresa.

No caso da Coquepar, que é uma joint venture entre a Petrobras e o grupo paulista Unimetal, as mobilizações contrárias à sua instalação também são grandes.

Discussões
Na tarde de ontem, dia 24, o Conselho do Plano Diretor de Araucária se reuniu para definir qual o posicionamento que vai adotar diante da instalação da empresa na cidade, mas até o fechamento desta edição, a reunião ainda não havia acabado.
“A Coquepar é uma empresa altamente poluidora, o nível de poluentes que vai produzir é um absurdo. Não possui Estudo de Impacto Ambiental (EIA) /Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), apenas uma licença do IAP, mas que também precisa ser contestada, devido ao impacto ambiental que vai provocar em seu processo produtivo”, adiantou o ambientalista José Paulo Loureiro, membro do Conselho Municipal do Plano Diretor e diretor para Assuntos do Meio Ambiente de Associação Comercial (Aciaa).

Apresentação
A Coquepar já fez a apresentação do Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) em Araucária, no dia 8 de março. A fábrica vai produzir até 345 mil toneladas por ano de coque calcinado, produto que serve de matéria-prima para a indústria de alumínio. E vai aproveitar os gases oriundos da queima de coque para gerar energia elétrica – a potência instalada será de 10 megawatts, capaz de abastecer uma cidade de 30 mil habitantes.

A reportagem do Jornal O Popular entrou em contato com a empresa via e-mail, enviando algumas questões para serem respondidas, e também via telefone, mas não obteve sucesso.

Meio ambiente estaria em risco com nova indústria

 

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