Nas ruas é possível ver o esgoto correndo a céu aberto
Uma manifestação realizada no domingo, dia 30 de junho, chamou a atenção para os problemas que vêm ocorrendo na Vila Arvoredo II e na ocupação 21 de Outubro. A comunidade saiu às ruas para mostrar sua indignação e pedir mais atenção por parte das autoridades. “Nossas vilas estão abandonadas, com ruas em péssimo estado, pessoas morando em áreas de risco, faltam creches e postos de saúde”, reclamou Laureni Vicente Belo Ferreira, presidente da associação de moradores do Arvoredo.
Segundo ela, a falta de investimentos em infraestrutura, faz com que a situação piore a cada dia. “Cadê o dinheiro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que deveria ser investido em infraestrutura? Aqui em Araucária o município prefere aplicar as verbas em projetos que dão mais ibope, como o Centro de Arte e Esporte Unificado (CEU)”, observa Laureni.
Ainda de acordo com a líder comunitária, os moradores não vão ficar de braços cruzados e já estão preparando um abaixo-assinado que deverá ser entregue nos próximos dias ao Ministério Público.
O que está sendo feito
A Prefeitura esclarece que os recursos para o projeto de urbanização do 21 de Outubro e construção do Arvoredo II foi firmado Termo de Compromisso com o Ministério das Cidades e para o projeto do CEU foi firmado o Termo com o Ministério da Cultura. Esclarece ainda que o projeto de urbanização do 21 de Outubro e construção do Arvoredo II, é dividido em três etapas. A primeira já foi concluída e contempla o reassentamento de 174 famílias do 21 de Outubro que ocupavam moradias com risco de alagamento. As famílias foram realocadas para o loteamento Jardim Arvoredo II, que foi construído especialmente para o projeto e possui instalações de energia e de água, pavimentação asfáltica e drenagem pluvial.
A segunda etapa do projeto está em andamento e diz respeito à regularização fundiária das famílias que permanecem na ocupação 21 de Outubro. Esta etapa contempla a execução de uma Estação de Tratamento de Esgotos (ETE), instalações de energia e de água, pavimentação, drenagem pluvial, esgotamento sanitário e construção de habitações para situações de precariedade de moradia. No momento, a ETE encontra-se em fase de licitação e a Prefeitura está em contato com as famílias que vivem em estado de precariedade para pactuar a demolição das moradias e a construção de novas casas.
E a terceira etapa do projeto, que será executada junto com a segunda etapa, consiste na recuperação ambiental do local e contempla plantio de mudas, demolição de casas, construção de quadras e pista de caminhada.
É importante lembrar que as famílias participantes do projeto assinaram um Termo de Aceite de substituição de moradia e que, em todas as etapas do projeto, foi realizado um trabalho social com a comunidade. Cabe ressaltar também que os recursos foram liberados à Prefeitura mediante assinatura de contratos, que são fiscalizados pelo governo federal e serão cumpridos pela administração municipal.