Marco Charneski
Moradores em área de risco não serão atendidos
Em meio aos gatos, Copel instala postes, que não atenderão todas as casas

Depois de tanto esperar pela chegada da luz elétrica, os moradores do Jardim Arvoredo II, na área conhecida como ocupação irregular 21 de Outubro, estão apreensivos com o andamento do serviço. Segundo eles, na semana que passou a Copel concluiu a instalação dos transformadores e dos postes que vão levar a energia até as casas, mas algumas vão continuar no escuro.
“Os postes não vão levar a luz até as nossas casas, seriam necessários mais dois postes no final de cada uma das ruas. Teremos que continuar fazendo gatos pra não ficar no escuro”, reclamou o morador Ademir de Lima.
Outro morador disse que, se a Cohapar e a Copel atenderam a solicitação da comunidade e ela foi incluída no programa Luz Legal, todas as famílias teriam que ser atendidas, inclusive as que estão em área de risco e que serão realocadas pela Prefeitura. “Sabe-se lá quando as casas populares ficarão prontas, pode levar anos, e até lá não custa nada colocarem mais postes e atender as pessoas que moram no final das ruas Pôr do Sol, 21 de Outubro, Pinheiro e Beira Rio”, comentou.

Impasse

A presidente da associação de moradores do Jardim Arvoredo II, Laureni Vicente Belo Pereira, disse que já entrou em contato com a Secretaria Municipal de Urbanismo para pedir a liberação de mais três postes em cada rua e que a Prefeitura ficou de estudar melhor o caso. “Foi a Prefeitura que determinou a colocação dos postes até um determinado ponto porque, de acordo com eles, alguns moradores que estão em área de maior risco de alagamentos serão realocados para o conjunto habitacional que será construído. O maior problema é que o programa visa acabar com as ligações clandestinas e pelo jeito elas vão continuar”, pontuou.
Através da assessoria de comunicação, a Prefeitura explicou que não foi uma determinação e sim um acordo firmado com o Ministério Público e a Copel, de instalar postes até um certo trecho, onde não existe o risco de alagamentos. Explicou ainda que estas famílias que vivem em área de risco serão realocadas em breve.