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Morre em confronto com PMs
Lulu era o principal acusado do crime do Sol Nascente

O jovem Luciano Lopes, conhecido como Lu ou Lulu, 22 anos, estava na Rua Engenheiro Eduardo Afonso Nadolny, nas Moradias Vitória Regia, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), no final da noite de terça-feira, dia 26. Ao ser abordado por policiais militares do 17º Batalhão, ele tentou reagir, sacando uma pistola de calibre 380. Antes que ele atirasse, os PMs reagiram, disparando contra o rapaz.

 

Bandidão

Morre em confronto com PMs

Lulu era o principal acusado da chacina do Jardim Sol Nascente, ocorrida em 12 de janeiro do ano passado, em Araucária. O confronto entre a pistola Taurus de calibre 380 apreendida com ele e as balas recolhidas nos corpos das quatro vítimas deu positivo. A comparação – realizada pelo Instituto de Criminalística – confirmou que dessa arma saíram os tiros que mataram Elevir Nascimento de Lima, o Polaco, 23 anos; Eliel Marçal Osório, o Neguinho, 20; uma adolescente de 17 anos e outra de 16.

De acordo com a perícia técnica, a mesma pistola foi utilizada no assassinato de Edson Siqueira, o Loquinho, 27, que aconteceu em 13 de dezembro de 2008 e deixou Kely Cristina Belizare, 30, ferida. O rapaz ainda era suspeito de ter envolvimento nos homicídios dos presidiários Juliano Pereira e Tiederson Martinho Paludo, o Seco, 25, no dia 1º de janeiro de 2009. E também pode ter matado Leandro Inocêncio Pinto, 27, em 18 de novembro de 2008.

Caixão

Além de indiciado em vários inquéritos da Polícia Civil, Lulu era investigado por policiais militares do Grupo Especial Reservado de Busca (Gerb) do 17º Batalhão. Suspeito de ser um dos principais traficantes das Moradias Vitória Régia, ele também estava sendo vigiado por PMs do 13º. Após o confronto na CIC, uma equipe policial esteve na casa de Lulu e nas revistas encontrou dois quilos de crack, um revólver de calibre 38 e um colete balístico roubado de um guarda municipal em Mandirituba.

Para o delegado, os homicídios que teriam sido cometidos por Lulu estão todos relacionados com a disseminação descontrolada do uso e do tráfico de drogas. “O traficante mata o usuário que não o paga e também mata o outro traficante para eliminar a concorrência e ocupar o espaço que era dele”, explica Recalcatti. “A chacina, por exemplo, foi resultado de uma disputa territorial por pontos de traficância”, ele acrescenta. “O tráfico cria redes perigosas”, completa.

O delegado diz que vai solicitar cópias dos procedimentos feitos em Curitiba e pode solicitar novos confrontos das armas apreendidas com outros homicídios. “Nas ocorrências onde o confronto com a primeira arma deu positivo, vamos apurar outros partícipes”, afirma Recalcatti.

Fotos: Arquivo O Popular e Anderson Tozato / Tribuna do Paraná

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