Vítima vivia nas ruas e era conhecida por ser usuária e traficante de drogas no centro de Araucária
Viciada morreu segurando os acessórios para o consumo do crack
A calmaria de Araucária chegou ao fim, e, no período de ‘sossego’, alguns pessimistas já alertaram: “quando está quieto demais é que a coisa vem pesada depois” e, infelizmente, dito e feito. Nesse final de semana a cidade registrou três homicídios. O último deles aconteceu perto das 04h15 da madrugada de segunda-feira, 05, bem no centro da cidade, na esquina da Avenida Archelau de A. Torres com São Vicente de Paulo, onde Daiane Silva de Souza, 23 anos, conhecida como “Capetinha”, foi assassinada. A vítima estava grávida, mas a polícia não soube informar de quantos meses.
Conforme informações, a garota, já bem conhecida da polícia, chegou ao local, sentou em um banco e por lá ficou por, aproximadamente, 20 minutos. Foi quando um homem se aproximou e logo disparou contra a vítima, que tentou correr, mas foi atingida com dois tiros nas costas, de seis que foram ouvidos. Na mão da vítima estava um cachimbo para uso do crack, um isqueiro e um pedaço de Bombril, usado no consumo. Por traficar e consumir crack na Avenida Victor F. do Amaral, a garota já era figura conhecida da polícia da cidade. Conforme informações, o autor, que estava com blusa estilo peruana e capuz preto, fugiu logo após o crime em um veículo Sedan de cor branca, pela Rua Archelau de Almeida Torres sentido bairro. De acordo com informações, as câmeras de segurança, instaladas, inclusive, em cima do local do crime, pouco conseguiram registrar do assassinato: “As câmeras são boas para monitoramento em tempo real, para gravação não servem nada”, afirmou um policial.
Envolvimento
Em dezembro do ano passado, dia 21, oito disparos de pistola 380 tiraram a vida de Aldo da Silva Stringhi na madruga. O crime aconteceu na principal avenida de Araucária, a Victor do Amaral, em frente à Loja Maira. A vítima tinha 36 anos e seria usuária de drogas. Segundo informações levantadas no local, Aldo estaria deitado num banco ao lado de uma mulher, que, conforme afirmou a polícia, era Daiane, quando o criminoso chegou num veículo de cor prata, efetuou os disparos e fugiu em seguida. Quando a Polícia e a Guarda Municipal chegaram ao local, a tal companheira do morto já havia dado no pé. De acordo com o investigador Damaceno, consta que “Capetinha” andou comentando que foi Kalahan James Lhano Simões, figura muito conhecida da polícia, o mandante da morte de Aldo. Aldo era tio da mulher de Nilton Diogo, elemento com o qual Kalahan tem desavenças pessoais, o qual já tentou matar. Por esse motivo, o depoimento de “Capetinha” era fundamental para a elucidação da morte de Aldo Stringhi. O investigador Itamar Stradioto afirmou que essa é apenas uma das possibilidades que podem ter motivado o crime. “Existe um suspeito para o crime e, aparentemente, ele não tem ligação nenhuma com Kalahan”. A polícia procede com investigações.