Conforme relatos, Ito ainda tentou buscar arma para se vingar mas não resistiu aos ferimentos
Três estão presos acusados de latrocínio e um está sendo procurado
João Eroito Forbeck, o famoso Ito do ferro velho, era sujeito conhecido, empresário e agricultor, mantinha muitos colegas por Araucária. Porém, aos 68 anos de idade, a violência o foi buscar em sua casa na área rural Lagoa Suja. Na terça-feira, dia 23, Ito foi vítima de um latrocínio. Como homem conhecido na cidade, sua morte foi comentada e lamentada por muita gente, motivo que incentivou a polícia a intensificar o processo de investigação e, menos de 24h depois do crime, três suspeitos de terem participado do assalto seguido de morte, já estavam presos.
Conforme relatou o escrivão chefe Luiz, a Polícia Civil, a Polícia Militar e o serviço de inteligência do 17º Batalhão, trabalharam em conjunto e com eficiência para resolução do caso. A prisão dos irmãos Ronaldo Pires de Souza, 28 anos, Reginaldo Pires de Souza, 26 anos, os dois com passagem pela polícia, e Marcelo da Luz Lima, aconteceu rapidamente depois dos policiais localizarem o veículo usado no latrocínio e, posteriormente, no processo de investigação, fazerem as ligações das pistas até encontrarem e reconhecerem os suspeitos. Edenilton dos Santos de Almeida, conhecido como “Visage’’, acusado de participar do crime, ainda está sendo procurado.
Crime
Conforme os detidos prestaram depoimento para a Polícia Civil, perto das 12h30 de terça-feira, dia 23, Ronaldo furtou um veículo Uno, de cor branca e pára-choque preto, perto de sua residência no Jardim Monaliza. Em seguida, ele seguiu para a chácara da mulher de Reginaldo, ao lado de um pesque pague, onde encontrou com os outros três para planejarem o roubo. Depois que tudo estava acertado, Ronaldo e Edenilton seguiram até a residência de Ito, perto das 19h, sendo vistos no caminho por populares da região. Eles começaram uma prosa com a vítima falando sobre a compra e venda de gado, comércio que informalmente Ito realizava, para ganhar atenção da vítima.
Conforme depoimento, de gado o assunto da conversa passou para armas e Ito resolveu mostrar uma espingarda que tinha: “Ito pegou ela e fora de casa deu um tiro e outro e eles começaram a brincar com a arma. Até que Edenilton sacou seu revólver e anunciou que era um assalto. Seu Ito, revoltado, pegou sua espingarda já sem munição e foi para cima deles e então Edenilton deu dois tiros na direção de Ito o acertando”, contou o escrivão. Resistindo, Ito ainda foi entrar em casa anunciando que ia buscar uma arma para matá-los, mas dentro da residência tombou morto. A dupla, sem saber o que tinha acontecido com a vítima, fugiu rapidamente no veículo sem levar dinheiro ou armamento qualquer o que, segundo eles, os motivou para irem até o local praticar o assalto.
Investigação
Conforme relato dos policiais, nas horas seguintes, equipes policiais se mobilizaram para resolver o caso. Na hora da fuga, para abandonar o carro, Marcelo, em uma moto, acompanhou Ronaldo que ia no veículo Uno, o cúmplice chegou até a ser parado em uma blitz da Polícia Rodoviária, onde só foi atuado por irregularidades. Posteriormente, depois de ouvir relato de populares e familiares sobre características dos autores e veículo, a Polícia Militar localizou o carro utilizado no crime, que logo foi isolado para serem colhidas as impressões digitais dos envolvidos. Conforme contou o Capitão Sampaio da Polícia Militar, o Uno foi encontrado abandonado na Lagoa Grande, perto do frigorífico onde trabalham Ronaldo e Reginaldo e, como tinha sido roubado perto da casa deles, sendo os dois já conhecidos da polícia, passaram a ser apontados como suspeitos.
A polícia passou então a fazer rondas pela redondeza, até que avistou a dupla de irmãos: “Os dois tentaram fugir, mas já estávamos com o aparato montado e eles foram pegos e já relataram a participação deles e do Edenilton, que é foragido da Lapa” relatou Sampaio. O capitão explicou ainda que Marcelo também foi pego por dar cobertura ao crime e Edenilton seria quem efetuou os disparos e depois fugiu com as armas de fogo. “É aquela coisa, cada um assumiu um pouco e Ronaldo foi reconhecido por familiar da vítima. Nada conforta a perda, mas tentamos resolver tudo com o máximo de agilidade. Ainda falta prender o Edenilton, mas nossas equipes já estão incansáveis a sua procura”, finalizou o Capitão Sampaio.