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Motociclistas pedem isenção de ESTAR
Classe se reuniu para entregar abaixo-assinado com 1.478 assinaturas

Motociclistas e motoboys de Araucária estão unindo forças para lutar contra a lei que os pegou desprevenidos e interferiu diretamente na rotina de trabalho e administração da renda. Na terça-feira, 15, a classe trabalhadora entregou para o Prefeito Albanor Zezé Gomes um abaixo-assinado com 1.478 assinaturas solicitando alteração na Lei Municipal 2107/2009, relacionada ao Estacionamento Rotativo da cidade. O pedido é que a classe seja isentada do pagamento do estacionamento rotativo às motocicletas que estiverem estacionadas devidamente em locais permitidos; e argumentos para que isso ocorra não faltam.

A lei, que entrou em vigor 24 de novembro de 2011, afirma que visa a rotatividade e comodidade das vagas existentes na cidade, determinando o pagamento de valores por tempo de estacionamento utilizado nas vagas em que determina, inclusive para motocicletas. Ainda, segundo justificativas apresentadas pelo Município, o acesso a vagas de estacionamento por parte dos veículos seria mais fácil e rápido, pois a rotatividade garantiria vagas para todos, tornando o acesso aos comércios e serviços locais mais fácil, principalmente para os automóveis.

Argumentos
Conforme argumentou Valdir Navarqui, representante da classe dos motociclistas e motoboys, a cobrança do estacionamento rotativo para as motocicletas não atende ao propósito principal da norma, além de prejudicar o trabalho do pessoal. “As motocicletas já possuem vagas delimitadas e exclusivas e, por sua própria natureza, são de caráter extremamente rotativo, pois são utilizadas para trabalho rápido de coleta e entrega de documentos e mercadorias”, aponta. E em seguida, explica: “Muitas delas são utilizadas para o transporte de documentos das empresas e entregas de pizza, água, gás entre outros transportes. Lembrando que a maioria delas também é utilizada para seu uso particular, seja de casa para o trabalho, de casa para escola ou do trabalho direto para escola, enfim”.

Eles ainda afirmam que o estacionamento rotativo para as motos dificulta o trabalho dos motoboys, inclusive alterando o tempo despendido em cada corrida, pois, antes de se dirigir para efetuar uma coleta ou entrega, os motociclistas e motoboys têm que ir até um local que forneça a venda dos créditos. “Muitas vezes o tempo para a aquisição do ticket do estacionamento é maior do que o motociclista leva para efetuar seu trabalho”, apontam.

Como mencionaram, também não há o que falar sobre a falta de vagas ou que o excesso de espaço ocupado pelas motocicletas dificultará o estacionamento, pois a rotatividade é inerente ao tipo do veículo: não ocupam espaços significativos, além de serem estacionadas em local apropriado. Curitiba, São Caetano – SP, Joaçaba – SC, entre outras cidades, são exemplos de municípios em que a cobrança para motocicleta não é exigida. A classe, agora, aguarda retorno da Prefeitura do Município: “agradeço a todos os 1.478 motociclistas, motoboys e outros cidadãos que se manifestaram a assinar o abaixoassinado que circulou no comércio da cidade nos meses de Janeiro, Fevereiro e Março”, finaliza Valdir.

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