Para certos males não existe remédio, mas existe benzimento
Durante as pesquisas para a escrita do livro Saberes de Araucária, 6.º volume da coleção História de Araucária, entre 2010 e 2011 as equipes do Arquivo Histórico e do Museu Tingüi-Cuera entrevistaram benzedeiras e benzedores do município para identificar quais os principais motivos que levam as pessoas a procurá-los, mesmo tendo acesso à medicina […]
Curar a alma para tratar o corpo – benzedeiras e benzedores em Araucária
Desde tempos imemoriais o homem recorre ao transcendente buscando auxílio para enfrentar as dificuldades da vida terrena, seja nas questões de saúde, trabalho, ou em suas relações interpessoais, e, muitas vezes, essas práticas acabam relacionando magia, religiosidade e medicina popular. Nas sociedades de característica camponesa, principalmente pela falta de recursos médicos acessíveis, era comum […]
Lugar de Memória: Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres a serviço da população
O direito a informação de qualidade também é base de uma sociedade livre e democrática. O passado que se encontra nos arquivos se constitui em importante ferramenta para procedermos em relação aos desafios que se apresentam para o futuro. Um lugar de memória como arquivos e museus, se faz pela experiência dos que vivem […]
Araucária iluminada: do lampião ao poste
Ainda na pré-história os seres humanos aprenderam as várias utilidades de se dominar o fogo, entre elas para a iluminação. A partir de então as tochas de fogo passaram a ser usadas para iluminar caminhos e interiores de habitações, sendo aprimoradas com a invenção das lamparinas e lampiões, que mantinham o fogo aceso através de […]
Ainda sobre os encantos do cinema em Araucária
Todas as famílias iam. Levavam crianças, tudo. Aí o seu Carlos Hasselmann, cena que estavam passando ele ia lá em cima, que tinha galeria em volta, assim, então ele jogava punhados de bala (…), quando terminava aquela parte acendia a luz, era só gente a catar bala no meio das cadeiras. As crianças principalmente […]
Os encantos do cinema: os primeiros passos da sétima arte em Araucária
Muita coisa mudou desde a primeira sessão pública de cinema promovida em 1895 na França pelos Irmãos Lumiére, e também depois da primeira sessão que teria ocorrido em Araucária em 1912. Aos poucos, a sétima arte assumiu seu papel na indústria cultural e hoje em dia a exibição de filmes nas modernas salas das grandes […]
Nos límpidos tempos do rio Iguaçu
O rio Iguaçu, formado pela junção do Iraí e do Atuba, nasce na divisa entre Curitiba, Pinhais e São José dos Pinhais, e corta boa parte do estado do Paraná. Ao chegar às cataratas do Iguaçu suas águas estão regeneradas, mas passando por Araucária quem olha para suas águas poluídas não imagina que há pouco […]
Nos percursos de uma lembrança
Historiar sobre os primeiros tempos do transporte coletivo em Araucária se dá pelo acesso a memórias que emergem de um grupo, que do ir e vir de suas viagens, pode relatar sobre períodos de muitas dificuldades e transtornos. Hoje em dia, certas narrativas podem até soar como pitorescas, porém, é fato que principalmente para os […]
No tempo das jardineiras
Os primeiros registros sobre o serviço de transporte coletivo de Araucária remontam a década de 1930. Constam no acervo do Arquivo Histórico algumas fotos que nos remetem ao tempo em que as jardineiras circularam pela cidade. Jardineira é um termo popularmente usado pelos brasileiros para se referir a veículos coletivos que antigamente transportavam passageiros. Uma das […]
O “ipva” do tempo das carroças
As carroças foram criadas há milênios para facilitar o transporte de cargas e pessoas, e sua história se mistura à da invenção da roda. Os primeiros registros de seu uso na Antiguidade foram encontrados em gravuras dos sumérios, na Mesopotâmia, feitas por volta de 3000 a.C.. Gregos e romanos promoviam até corridas de bigas […]
Ofício do ferro: ferreiro
Quem visita o Museu Tingüi-Cuera no Parque Cachoeira se depara com inúmeros objetos em exposição que dependeram da atividade de artífices. Um dos trabalhos mais curiosos está relacionado ao ofício do ferro: ferreiro. Imaginar uma cidade que dependia imensamente do trabalho dos ferreiros para funcionar, é voltar para uma época em que era comum uma […]
Conselho de sábios ferroviários
Entre os dias 4 e 9 de junho ocorreu a 2.ª Semana Nacional de Arquivos, promovida pelo Arquivo Nacional/Casa Rui Barbosa, com o tema “Governança, Memória e Herança”. Ao todo participaram 174 instituições de todo o país, e, entre elas o Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres, que no dia 6 de junho promoveu […]
A história na ponta da agulha
A costura artesanal teve início ainda na pré-história com a produção de vestuários feitos com peles de animais, através da utilização de pelos e agulhas feitas de ossos e marfim. Na Idade Média surgiram as primeiras agulhas feitas em ferro e a confecção de túnicas em algodão, além das peças em lã. Todo o […]
Do grão ao pão
O pão como um alimento dos mais tradicionais e conhecidos de todos os tempos, passa por inúmeras variações na sua feitura e se apresenta como uma forma das mais conhecidas de manutenção de uma tradição alimentar. Em Araucária, ao menos desde o século XIX, sempre foi forte a tradição de fazer e comer broa […]
Sobre ofícios e profissões tradicionais: aspectos e fontes locais
Uma das coleções de objetos em exposição no Museu Tingüi-Cuera que chama muito a atenção dos visitantes, é a que mostra os ofícios e profissões/tradicionais também conhecidos como artífices (artesãos ou operários especializados num ramo de atividade e que produzem algum artefato e ou realizam trabalhos manuais) tais como os ferreiros, seleiros, carpinteiros, alfaiates, […]
A colônia Polonesa de Thomaz Coelho e a Represa do Passaúna
No iníco do século XIX, já instalados e adaptados à dinâmica econômica e cultural de Araucária, os imigrantes poloneses e seus descentes começavam a aquecer a economia da capital. A produção era comercializada principalmente em feiras nas regiões do Largo da Ordem, Água Verde e Portão, em Curitiba. Duas vezes por semana os colonos […]
Como eles vieram parar no Brasil? – parte 2
No Brasil do início do século XIX existiram duas políticas imigratórias distintas. No sudeste brasileiro, especialmente São Paulo, o interesse em trazer mão de obra europeia visava substituir o trabalho escravo nas lavouras de café. Os imigrantes, em maior número os italianos, trabalhavam para os latifundiários em troca de salário e viviam em cortiços. […]
Como é que eles vieram parar no Brasil?
Como já abordamos em colunas passadas, Araucária foi formada por diferentes povos, e entre os símbolos locais que marcam essa diversidade vemos alguns que fazem referência aos poloneses, como o Portal Polonês e o Memorial da Imigração Polonesa, já que aqui se estabeleceram em grande número. Mas o que muita gente se pergunta é: […]