Novinho, elevador da Câmara não funciona
Elevador custou cerca de oitenta mil reais e não funciona direito

"Se nem o elevador da Câmara funciona, imagine o resto". Com esta frase simples, mas impactante, o cadeirante José de Jesus resumiu sua insatisfação com o fato de não conseguir ter acesso aos gabinetes localizados no andar superior do prédio da Câmara de Vereadores por um simples motivo: o elevador instalado ali em 2010 está estragado.

José de Jesus é presidente da Associação dos Deficientes Físicos de Araucária (Adefar) e denuncia que desde que entrou em funcionamento foram várias as vezes em que o equipamento deu pau. "Faz tempo que ele não funciona. Os cadeirantes não têm vez lá", reclama. Além dos deficientes, o elevador foi instalado para facilitar o acesso daquelas pessoas idosas ou com dificuldade de locomoção. "Ih, este elevador nunca funcionou direito. É difícil o dia em que alguém conseguiu utilizar ele", entrega uma das serventes da Câmara.

Segundo a direção da Casa, o problema aconteceu porque uma placa do elevador teria queimado e a estaria sendo difícil encontrar algum fornecedor para substituí-la. A presidência também não estaria sequer conseguindo uma empresa disposta a prestar serviços contínuos de manutenção para o equipamento. "Já entramos em contato com mais de dez empresas e nenhuma se dispõe a orçar o serviço, alegando que esse tipo de elevador dá muito trabalho, pois estragaria com facilidade", relata um funcionário da Casa.

Próximas semanas
Oficialmente, no entanto, o compromisso da direção da Câmara é que a placa estragada seja substituída nas próximas semanas. "Já estamos orçando com algumas empresas essa placa e o quanto antes queremos deixar o elevador funcionando", garante o diretor geral da Casa, Percio Paz.

Em 2010
Para quem não se lembra, o elevador que não funciona foi comprado em 2010. Naquela oportunidade, o presidente da Casa era o vereador Rui Sérgio Alves de Souza (PT). O equipamento custou cerca de R$ 80 mil, valor que na época foi questionado pela vereadora Adriana Cocci (PT), que considerou o montante exorbitante.