Os vereadores Alan Henning (PMDB), Clodoaldo Nepomuceno Pinto Jr. (PDT), Esmael Padilha (PSL) e Wilson Roberto David Motta (PPS), que integram a base de oposição na Câmara, assinaram os pedidos de abertura para duas CPIs. A primeira para investigar a suposta fraude numa licitação de transporte escolar feita em 2004 pela CMTC. O imbróglio envolveria até a falsificação de edições do Diário Oficial do Estado para esquentar o certame. O outro pedido é para apurar irregularidades na compra pela Prefeitura do Hospital São Vicente de Paulo, feita no ano passado. A oposição diz que o Município pagou pelo prédio R$ 6,1 milhões, sendo que o mesmo imóvel já havia quase sido vendido para um empresário da cidade poucos dias antes por R$ 5,5 milhões. Os edis agora querem saber por quê foi pago R$ 600 mil a mais pelo prédio.

Já a CPI requerida pela base de apoio ao prefeito Zezé, que hoje é composta oficialmente por Adriana Cocci (PTN), Alex Nogueira (PSDB), Ismael Cantador (PTB), Francisco Carlos Cabrini (PP), Pedrinho Nogueira (PTN), quer investigar supostas irregularidades na construção de calçadas durante a gestão do ex-prefeito Olizandro. Segundo eles, na época a Prefeitura pagou por calçadas que não foram construídas.

Dois lados

Durante o dia de ontem, a dúvida que pairava no Legislativo local era como se comportaria o vereador Pedrinho da Gazeta (PMDB) diante dos pedidos de CPI. A maioria apostava que ele não assinaria nenhuma deles. Outros diziam que ele assinaria apenas a da situação, grupo a quem ele é mais próximo hoje. Ninguém cogitava a hipótese dele assinar somente o pedido da oposição. A solução para o mistério saiu da boca do próprio Pedrinho da Gazeta no final da tarde. “Vou assinar as três”, garantiu.