ONG busca parcerias
Reunião da ONG teve pouca participação, mas resultados foram produtivos quanto à busca de soluçõesções

Apesar da pouca participação popular, a reunião organizada pela ONG Bicho Não é Lixo na terça-feira, dia 26, no Plenarinho da Câmara, levantou sugestões importantes para tentar solucionar o problema dos cães de rua. Um dos pontos foi a necessidade de a entidade buscar parcerias devido a falta de recursos para realizar a castração dos animais.

“Sabemos que a Prefeitura tem condições, através do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), de fazer as castrações, mas estão sempre alegando que não tem estrutura, não tem profissionais e outras desculpas. Pra se ter uma ideia, desde dezembro que nenhum animal é castrado”, reclamou a ONG.

De acordo com a entidade, uma proposta bastante viável seria instituir uma campanha de castração, a exemplo da que foi implantada em Curitiba, no fim de 2012, onde foram contratadas clínicas veterinárias para executar o serviço, através de um processo de licitação. O valor investido nesta campanha pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente é R$ 1,2 milhão com recursos do Fundo Municipal do Meio Ambiente. Serão atendidos cães pertencentes a famílias de baixa renda, cadastradas em programas da Fundação de Ação Social.

Além de famílias carentes, as ONGs que atendem cães em situação de risco também serão beneficiadas com a campanha. As clínicas e hospitais contratados, além da cirurgia de esterilização, devem arcar com exames e medicamentos. O procedimento cirúrgico será feito em cães de ambos os sexos com no mínimo 150 dias de idade, não existindo idade máxima do animal para a realização da cirurgia.

“Se existir um projeto semelhante aqui em Araucária, com certeza, vai reduzir bastante os problemas existentes com relação aos animais de rua”, defendeu a ONG.

Na causa
O vereador Paulo Horácio participou da reunião da ONG Bicho Não é Lixo e comentou que vai ajudar a entidade a tentar parceria com a Prefeitura. “Vou fazer uma indicação para encaminhar ao prefeito, pedindo que seja incluído no Orçamento do município uma verba para convênio com clínicas veterinárias da cidade – os veterinários receberiam um valor, não o de mercado, mas equivalente ao peso do animal, para fazer a castração ou ainda fazer a chipagem dos animais”, explicou o vereador, que também citou um projeto semelhante já existente em Curitiba e que vem trazendo bons resultados.